Nesta quarta-feira (18) é comemorado o Dia dos Médicos. Para marcar a data, após sete dias de paralisação, a classe resolveu retomar o atendimento aos usuários das operadoras de planos de saúde Unimed, Cassems, Unidas e Funserv. A paralisação nacional dos médicos está afetando usuários de vários estados, entre os dias 10 a 25 de outubro.

Em Mato Grosso do Sul, a suspensão iniciou no dia 10 e quarta-feira (17) foi o último dia de suspensão. Hoje (18), os atendimentos voltaram à rotina, com consultas eletivas, que são aquelas previamente agendadas. Convém salientar, que neste período de paralisação, as consultas de urgência e emergência seguiam normalmente.

Dentre as pautas de reivindicações está o reajuste dos honorários médicos com base na tabela CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), na qual estipula os valores mínimos deste profissional. Também buscam critérios de reajustes, determinando o valor, a periodicidade e o repasse. Outra questão é a interferência dos planos de saúde na relação médico paciente, em que alguns procedimentos e medicamentos de alto custo o plano não disponibiliza.

De acordo com o presidente do Sinmed de Mato Grosso do Sul (Sindicato dos Médicos), Marco Antonio Leite, o levantamento da manifestação demonstra que a iniciativa foi altamente positiva. “Cerca de 70% dos médicos aderiram à causa, que vem sendo reivindicada desde o ano passado. Os médicos que não pararam já têm negociação um pouco mais avançada com as operadoras, então é justo, por causa dessa relação das especialidades”, explicou.

 “Ainda há paralisação nacional, mas cada estado negocia com suas operadoras. Resolvemos fazer a manifestação no mesmo período, com um tempo menor, para não ser desgastante ao usuário. Optamos por um tempo curto para não prejudicar e apenas alertar a população”, concluiu o presidente do Sinmed.

Já o presidente do CRM-MS (Conselho Regional de Medicina), Luís Henrique Mascarenhas destacou que apesar das reivindicações ainda não terem sido atendidas, a paralisação foi um grande avanço. “O balanço do movimento foi muito positivo. O mais importante é que conseguimos alertar a população sobre os abusos, e informar a relação dos médicos com os planos de saúdes”, ressaltou.

Agora, de acordo com Luís Henrique, os médicos estão elaborando um calendário de reuniões com cada operadora para convocar uma nova assembleia. Como a greve nacional ainda não terminou, a partir do mês de novembro está previsto retomar as negociações com as operadoras.