Dia de mobilização da educação em MS se em 16 de outubro

No dia 16 de outubro trabalhadores e trabalhadoras em educação de todo o Mato Grosso do Sul, de mais alguns estados da região centro-oeste e representantes da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) farão uma grande mobilização em Campo Grande contra a atitude do governador de MS, André Puccinelli (PMDB), e dos outros cinco […]

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No dia 16 de outubro trabalhadores e trabalhadoras em educação de todo o Mato Grosso do Sul, de mais alguns estados da região centro-oeste e representantes da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) farão uma grande mobilização em Campo Grande contra a atitude do governador de MS, André Puccinelli (PMDB), e dos outros cinco governadores brasileiros, que abdicaram do debate democrático referente à valorização dos profissionais da educação, para continuar a tumultuar o processo de implementação integral do Piso Salarial Profissional Nacional no país.

 Os governadores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí e Roraima são os responsáveis pela Adin nº 4.848 (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o art. 5º da Lei 11.738, que trata da atualização monetária anual do Piso Nacional do magistério.

Os governantes querem que o Piso seja reajustado apenas pelo índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) o que para o movimento sindical da educação pública é um retrocesso que vai contra na contramão das discussões em torno da aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação), que tem como foco principal à valorização do magistério.

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a data foi tirada durante a 8ª Conferência Nacional de Educação Paulo Freire da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), em Recife, na semana passada e o intuito do movimento sindical da educação e realizar essa movimentação em todos os estados em que os governadores assinaram a Adin nº 4848.

 “Ao tomar essa atitude os seis governadores atingiram diretamente o ensino público brasileiro, por isso este movimento é em nível nacional e com certeza terá o nosso apoio enquanto FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), pois essa atitude do nosso governador nos envergonha e nós do movimento sindical da educação não vamos ficar de braços cruzados, vamos nos mobilizar e utilizar todas as formas de luta para combater mais essa investida de gestores públicos contra o direito à educação de qualidade e à valorização da nossa categoria”, afirma.

 Roberto disse que esta forma de reajuste que os governadores defendem desvirtua a Lei do Piso, que foi criada, visando recuperar o salário do professor em 10 anos. “O reajuste pelo INPC caminha na direção contrária, em 10 anos o professor vai ganhar o valor de um salário mínimo”, disse.

O presidente da FETEMS informou ainda que nos próximos dias a Federação estará empenhada na organização da mobilização do dia 16 de outubro e estará pronta para receber os trabalhadores e trabalhadoras em educação dos outros estados brasileiros que virão apoiar a luta contra a Adin 4848 em Mato Grosso do Sul.

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