Boa parte dos apartamentos de luxo de propriedade do governo federal é ocupada por pessoas que deixaram há mais de duas décadas o serviço público. Dos 498 imóveis residenciais administrados pela Secretaria do Patrimônio da União no Plano Piloto, considerado um dos metros quadrados mais valorizados do País, 121 são alvo de ações judiciais ou estão em processo de retomada.

Ou seja, praticamente um a cada quatro apartamentos destinados a funcionários do Executivo tem ocupação irregular. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.

A União tenta despejar de imóveis de até cinco quartos e 223 m² assessores e comissionados do tempo, inclusive, da ditadura militar. Os apartamentos estão localizados nas quadras mais caras da capital, e custam no mercado na faixa de R$ 1 milhão a R$ 2,5 milhões, com aluguéis mensais que chegam a R$ 5,6 mil. Pelas normas, os apartamentos só podem ser ocupados por funcionários de cargos comissionados que não têm imóvel em Brasília. Sem exceções, a aposentadoria e qualquer outro desligamento da função implicam a saída do imóvel.