Descontentamento da base pode adiar votação do Código Florestal, diz Maia

Análise do projeto da Lei Geral da Copa, outro item da pauta do Plenário da próxima semana, também pode ser afetada

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Análise do projeto da Lei Geral da Copa, outro item da pauta do Plenário da próxima semana, também pode ser afetada

O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta sexta-feira (9) que a votação do projeto de reforma do Código Florestal (PL 1876/99), marcada para a próxima terça (13), poderá ser adiada por divergências políticas entre os partidos da base aliada e o governo Dilma Rousseff. Maia reconheceu que há um “clima ruim” entre os aliados, que cobram maior participação nas decisões do Executivo. O descontentamento também pode atingir a votação do projeto de Lei Geral da Copa (PL 2330/11). Na quarta, o Plenário aprovou o regime de urgência para essa proposta.

A votação do projeto do Código Florestal foi definida pelos líderes partidários nesta semana, e está marcada para a noite de terça-feira, em sessão extraordinária. Os deputados vão analisar as modificações feitas pelo Senado no projeto. Maia disse que ainda não há acordo sobre o texto do relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG).

Por causa do clima político, o presidente da Câmara afirmou que só na próxima semana será possível dizer se os projetos vão ser deliberados pelo Plenário. Maia disse, no entanto, que o interesse na votação do novo código é mais do Congresso do que do governo, que é contra uma série de dispositivos do texto. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse na quarta-feira que ainda restam oito pontos sem acordo, sem adiantar quais.

Base aliada
Maia considerou como naturais as queixas de partidos da base, que reivindicam mais espaço no governo. “É legítimo que os partidos que ajudaram na eleição da presidente Dilma estejam presentes nas decisões do governo. É preciso que eles sejam incorporados nessas decisões”, afirmou.

O presidente da Câmara disse, porém, que as discussões não podem ficar limitadas à ocupação de cargos políticos. Maia rebateu críticas de que apenas o PT, partido da presidente, vem sendo beneficiado pelo governo. “Perdemos agora a presidência da Petrobras e os ministérios da Pesca e da Ciência e Tecnologia. Não é verdade que o PT ocupa todos os espaços”, afirmou.

 

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