Delegada volta a ouvir dono em caso de possível maus-tratos contra a cadela Mel

Como surgiram algumas dúvidas, a delegada decidiu interrogar novamente o proprietário e outras pessoas relevantes ao caso

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Como surgiram algumas dúvidas, a delegada decidiu interrogar novamente o proprietário e outras pessoas relevantes ao caso

Por conta de dúvidas que surgiram durante o inquérito que investiga os possíveis maus-tratos contra a cadelinha Mel, a delegada Suzimar Batistela, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), afirma que irá interrogar novamente o proprietário e outras pessoas serão intimadas.

”Tenho oitivas marcadas e ainda vou chamar o proprietário novamente, para esclarecer algumas dúvidas. A pessoa apontada como sendo a autora de maus-tratos alega que o que ocorreu na verdade foi um incidente. Ele disse que o animal tinha o costume de ficar embaixo do veículo e que o atingiu sem querer, quando saía com o carro”, explica a delegada Batistela.

Segundo a veterinária Ana Lúcia Salviato, a cadelinha Mel já passou por uma mielografia (exame da coluna) e uma cirurgia esta semana. “O quadro clínico dela é o mesmo, com pouca probabilidade de voltar a andar. Mas, com o tratamento, a luxação diminuiu e ela está melhorando”, avalia a veterinária.

Nesta sexta-feira (23), Mel iniciou o tratamento de acupuntura. “São sessões para estimular a parte neurológica e a musculatura”, diz a veterinária. Com relação à adoção, mesmo com muita procura, Salviato diz que “foi decidido mudar a estratégia e primeiro tratar a Mel para depois encontrar um lar para ela”, disse.

O laudo veterinário da real causa está previsto para a próxima semana, data em que a delegada pretende encerrar o inquérito. Ela reforçou que dez casos de maus-tratos já foram comprovados este ano, além de mais de 60 que foram investigados.

Caso

Mel foi internada na noite dia 27 de fevereiro e permanece na mesma clínica, na Rui Barbosa, em Campo Grande até o momento. Ela foi levada, segundo a polícia, pelo irmão do acusado, que não deu detalhes sobre o que teria causado à lesão na coluna.

A pena para maus-tratos, segundo a delegada, varia de três meses a um ano de reclusão, podendo ser revertida em prestação de serviços à comunidade.

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