Defesa do ex-chefe de gabinete de Agnelo pede habeas-corpus por silêncio na CPI

Os advogados de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), entraram com um pedido de habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito de seu cliente de ficar calado na CPI Mista do Cachoeira, na quinta-feira, se for questionado por fatos fora do objeto da investigação parlamentar. […]

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Os advogados de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), entraram com um pedido de habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito de seu cliente de ficar calado na CPI Mista do Cachoeira, na quinta-feira, se for questionado por fatos fora do objeto da investigação parlamentar. Ele quer garantir também o direito de consultar seus defensores durante o depoimento.

O pedido foi distribuído para o ministro Cezar Peluso decidir. Segundo o advogado Sandro Rogério Monteiro, a intenção de Cláudio é responder a todas as perguntas sobre o suposto envolvimento dele com pessoas ligadas ao esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Cláudio Monteiro pediu demissão do cargo em 10 de abril, depois de divulgadas conversas gravadas pela Polícia Federal nas quais o araponga Idalberto Matias, o Dadá, pede ao ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu, o pagamento de propina a Cláudio Monteiro para indicar uma pessoa do grupo para o cargo de diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), estatal que cuida do lixo na capital. A Delta é detentora do contrato.

O advogado de Cláudio Monteiro negou todas as acusações referentes ao seu cliente. “Ocorreram citações indevidas ao nome do senhor Cláudio Monteiro”, afirmou. O defensor disse que Monteiro jamais recebeu propina, colocou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição do Ministério Público, não tratou de indicações para cargos no governo do DF e tampouco recebeu um Nextel para falar com o grupo. Afirmou ainda que Dadá, Cláudio Abreu e o delegado responsável pela investigação, Matheus Mella Rodrigues, foram interpelados judicialmente para explicar declarações desfavoráveis ao ex-chefe de gabinete.

Sandro Rogério disse que, em apenas uma ocasião, Monteiro recebeu Cláudio Abreu “oficialmente”, como representante da Delta, para tratar de uma reclamação referente a um aterro sanitário. Segundo o advogado, o ex-chefe de gabinete está “super tranquilo”. “Além de não temer nenhuma investigação, ele quer a investigação. E a CPI será uma oportunidade para ele esclarecer os fatos e resgatar a sua honra”, afirmou, ressaltando que, a princípio, Monteiro está disposto a esclarecer todos os fatos referentes a ele. (Com informações da Agência Estado)

 

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