Curso sobre adoção tardia acontece dia 28 em Campo Grande

Existem hoje no Brasil 28.033 pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção. Na outra ponta são 5.218 crianças aptas à adoção. O número pode ser pequeno em comparação ao total de interessados em adotar, no entanto, o processo de adoção esbarra no perfil destas crianças e adolescentes, ou melhor, elas não se encaixam nas exigências […]

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Existem hoje no Brasil 28.033 pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção. Na outra ponta são 5.218 crianças aptas à adoção. O número pode ser pequeno em comparação ao total de interessados em adotar, no entanto, o processo de adoção esbarra no perfil destas crianças e adolescentes, ou melhor, elas não se encaixam nas exigências de quem está em busca de adotar.

De acordo com o CNA, mais de 90% dos pretendentes aceita adotar crianças entre 0 a 5 anos o que acaba com as chances da grande maioria das crianças e adolescentes que hoje estão em abrigos esperando por uma nova família. Outra situação que dificulta a adoção é o fato de que mais de 82% dos pretendentes busca adotar apenas uma criança e, muitas delas estão abrigadas com outros irmãos.

A questão racial não chega a ser um empecilho. Hoje, apenas 35% dos pretendentes exigem somente crianças da raça branca. Em MS o índice é menor ainda, a exigência de crianças da raça branca cai para apenas 18%. A grande dificuldade para efetivar a adoção é mesmo a falta de pretendentes em busca da adoção tardia, pois o foco são os recém-nascidos ou crianças de pouca idade.

No Estado existem 430 pretendentes cadastrados no CNA e 115 crianças e adolescentes disponíveis para adoção. Desse total, 70 pretendentes são de Campo Grande e 180 crianças e adolescentes estão nos abrigos da capital, das quais, 20 estão aptas para adoção. Segundo Katy Braun, nenhum dos 70 casais que aguardam na fila da adoção se interessou por estas 20 crianças.

O grupo apto à adoção é composto por crianças entre 6 e 17 anos. Três possuem doença mental, uma menina sofreu violência física e sexual dentro de casa. Um menino foi encaminhado três vezes para adoção, mas foi devolvido pelos pretendentes. Segundo a juíza, a criança apresenta um tipo de comportamento que necessita de correção e os pretendentes desistiram de tentar modificá-lo. Outras duas crianças também já foram devolvidas pelos pretendentes. Um menino do grupo é portador de deficiência mental por conta de maus tratos sofridos na família que o adotou à brasileira, ou seja, quando se assume a paternidade sem o devido processo legal.

Esse projeto vai ser divulgado, no dia do curso de adoção que vai ser realizado no Fórum mesmo, dia 28 quarta feira das 08 as 12 hs. Esse Projeto é muito importante, pois vem tratar da problemática que encontramos em nosso estado, que é, a falta de pretendentes para adotar crianças acima de 5 anos de idade, temos que mudar essa realidade e é através de divulgação e conscientização que vamos mudar esse quadro.

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