A cúpula empresarial B20, da qual participam 150 altos diretores de empresas de todo o mundo, começou neste domingo em Los Cabos, no México, com uma clara mensagem de confiança para a Espanha e de apoio à Europa, para que saiam da crise que atravessam.

A Cúpula Business 20 é um encontro de negócios que acontecerá paralelo às reuniões de líderes do Grupo dos Vinte (G20), que começa amanhã na mesma cidade.

Sua tarefa é promover o diálogo entre os chefes de governo e os líderes empresariais, sobre temas como fomentar o crescimento econômico sustentável, o desenvolvimento social, o comércio e a segurança alimentar.

Porém, a crise europeia e os problemas da Espanha foram os eixos centrais sobre os quais girou o início da reunião, cujo destaque foi a mesa-redonda da qual participaram os dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde; do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Ángel Gurría.

Os três abordaram os problemas da Espanha, que na semana passada recebeu a oferta da União Europeia (UE) de uma linha de injeção em massa de fundos europeus, no valor de 100 bilhões de euros, para recapitalizar seus bancos.

Em seu discurso perante os diretores, o presidente do BM justificou o pouco entusiasmo com o qual os mercados receberam a notícia da ajuda financeira, e que atribuiu à falta de informação sobre a linha de crédito.

“É alucinante que estejamos falando de pôr sobre a mesa 100 bilhões de euros e os mercados encarem isso como uma notícia negativa”, assinalou Zoellick.

Momentos antes do discurso de Zoellick, os líderes do FMI e da OCDE se mostraram convencidos que a Espanha encerrará com sucesso a recapitalização dos bancos.

“Estou convencida que o governo espanhol, junto com as autoridades europeias, será capaz de iniciar o programa com sucesso”, declarou Lagarde.

Ángel Gurría, por sua parte, fez uma intensa defesa da capacidade da Espanha para assumir a linha financeira que o Eurogrupo pôs sobre a mesa, porque “é um dos países da UE e da OCDE com menor dívida em relação ao PIB, e porque há apenas cinco anos “era um país com superávit”.