CPI do Cachoeira adia votação do relatório final

Prevista para esta quarta-feira (5), a votação do relatório final da CPI do Cachoeira foi adiada para o dia 11. De acordo com comunicado divulgado pela CPI, o adiamento se dá a pedido das lideranças partidárias no Senado. Hoje, as atenções no Senado devem estar voltadas para os esclarecimentos do ministro da Justiça, José Eduardo […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Prevista para esta quarta-feira (5), a votação do relatório final da CPI do Cachoeira foi adiada para o dia 11. De acordo com comunicado divulgado pela CPI, o adiamento se dá a pedido das lideranças partidárias no Senado. Hoje, as atenções no Senado devem estar voltadas para os esclarecimentos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, sobre a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, em que foram presos integrantes do governo.

Até o fim da tarde desta terça-feira, o conteúdo do relatório, lido na última semana na comissão, ainda não era certo. Havia a expectativa de que parlamentares independentes poderiam se reunir com o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG) para negociar mudanças no texto e garantir a aprovação do relatório. Entre as principais queixas do grupo estão o fato de o texto não incluir informações sobre empresas que receberam dinheiro da empreiteira Delta e não tiveram o sigilo quebrado pela CPI.

A reunião não foi confirmada pelas assessorias do relator e dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Simon (PMDB-RS) e Pedro Taques (PDT-MT). Na liderança do PPS na Câmara, também não há confirmação sobre a participação do deputado Rubens Bueno (PR) em reunião para tratar do relatório.

Durante a leitura do relatório, na semana passada, Odair Cunha afirmou que as sugestões de mudanças poderiam ser enviadas pelos parlamentares até o dia da leitura, mas destacou que tem prerrogativa para aceitá-las ou não.

– As propostas devem ser aceitas por mim ou não. Neste caso, quem não concordar com o relatório deve votar contra – acrescentou.

Além das críticas dos independentes, também há queixas da oposição. Integrantes do PSDB não concordam com a recomendação do relator pelo indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Eles dizem considerar o relatório um instrumento de ataque político.

Conteúdos relacionados