Corumbá se une para barrar projeto que ameaça turismo

O vice-prefeito de Corumbá, Ricardo Eboli (PV), pretende mobilizar a comunidade corumbaense para impedir a aprovação do projeto de lei 750/2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), que trata da política de gestão e proteção do bioma do Pantanal. Ele classificou a proposta que suspende a pesca no Pantanal como radical e sugeriu, em […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O vice-prefeito de Corumbá, Ricardo Eboli (PV), pretende mobilizar a comunidade corumbaense para impedir a aprovação do projeto de lei 750/2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), que trata da política de gestão e proteção do bioma do Pantanal. Ele classificou a proposta que suspende a pesca no Pantanal como radical e sugeriu, em substituição ao projeto, a criação de um sistema municipal de gestão da pesca, que, de acordo com seus planos, pode virar projeto nacional com o apoio da bancada federal.

“O que há é a necessidade de estudos científicos para uma avaliação dos estoques pesqueiros. Não adianta proibir sem ter embasamento em estudos”, argumentou. De acordo com o vice-prefeito, o projeto municipal delimitaria os limites da pesca, sem a necessidade de acabar com a atividade.

Para Eboli, Maggi a proposta é “ditatorial” e prejudicaria o turismo na cidade pantaneira. “O projeto iria acabar com o turismo no Pantanal e com pescadores profissionais ribeirinhos que sobrevivem da pesca. Essa medida causaria um caos”, complementou.

Eboli também não poupou críticas ao autor da medida. “Quem é Blairo Maggi? Ele não fez o seu dever de casa, não tem legitimidade para querer ser herói ambiental. Quem teve a oportunidade de fazer e não fez perdeu a vez. Ora, ele é o ganhador do troféu Motosserra de Ouro”, atacou o vice-prefeito, ao relembrar o mandato do senador no Governo de Mato Grosso.

Segundo ele, o próximo passo será mobilizar a comunidade corumbaense para conscientizar a população sobre os reflexos do projeto de lei. “Depois também iremos levar nossos questionamentos e alternativas para serem apresentadas aos integrantes da nossa bancada federal”, explicou. 

Entre elas, Eboli destacou o Sistema Municipal de Gestão da Pesca, que criaria um mecanismo de rastreamento do pescado por meio de selos, com fiscalização em postos de embarque, criação de peixes em tanques-rede e estudos científicos para verificar a população de espécies nobres com o objetivo de regular o número de pescadores.

Conteúdos relacionados