Corumbá lança campanha de combate à mendicância nesta quarta-feira

Será realizado nos dias 23 e 24 de maio o I Fórum Municipal de Enfrentamento à Mendicância. O evento marca o lançamento da campanha “Não dê esmolas, dê cidadania” e é uma realização da prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais e Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania. […]

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Será realizado nos dias 23 e 24 de maio o I Fórum Municipal de Enfrentamento à Mendicância. O evento marca o lançamento da campanha “Não dê esmolas, dê cidadania” e é uma realização da prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais e Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania.

O encontro começa na quarta-feira, às 19 horas, no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gomez. Após a solenidade de abertura, quando serão apresentados os objetivos do Fórum, haverá palestra sobre “A Construção de uma política de atendimento intersetorial à população em situação de rua em região de Fronteira”, ministrada pela Dra. Iraci de Andrade.

O evento segue na quinta-feira, às 7h30, com a discussão de três eixos temáticos. São eles: Diretrizes para construção de um protocolo de atendimento integrado; Políticas públicas para inclusão das pessoas em situação de rua e Serviço especializado de abordagem social. Os grupos serão concomitantes e os palestrantes irão circular nos espaços para apresentação do seu eixo, sendo cada momento com duração aproximada de 20 minutos para palestra e 20 minutos para elaboração de propostas e todos irão ouvir todos os temas.

Não dê esmolas

O objetivo do evento é mobilizar a população, comerciantes, educadores e toda a sociedade corumbaense para juntos participarem da campanha “Não dê esmolas, dê cidadania”. A ação de conscientização social foi iniciada em novembro de 2011 pela Prefeitura de Corumbá e diversos órgãos e entidades parceiros.

A mobilização tem como objetivo destinar, de forma adequada, os moradores de rua, flanelinhas e pedintes aos programas de integração social, capacitação e geração de renda oferecidos pelas esferas governamentais. Temas como a ocupação dos espaços públicos por pedintes, artistas de rua, guardadores de automóveis (flanelinhas) e até entidades beneficentes não reconhecidas pelos Conselhos Municipais também são alvo da atividade.

De acordo com o levantamento da Secretaria de Assistência e Cidadania, 78% dos moradores em situação de rua são solteiros; 32% estudaram até a 4ª série; e 89% não possuem nenhum tipo de documento oficial. Dos entrevistados que aceitaram responder ao questionário, 17% afirmaram que moram na rua entre 5 e 10 anos. Outros 16% disseram que estão nesta situação a mais de 10 anos e 26% garantiram não ter residência fixa a menos de 1 ano.

Entre os principais motivos quer levaram essas pessoas para a rua, o álcool e as drogas foram apontados por 27% dos entrevistados. Outros 16% disseram ter enfrentado problemas familiares. A maioria, mais de 57%, disse que “quase nunca” ou “nunca” mantém contato com parentes. Para sobreviver, 11% disse que atuam como guardadores de carros, 21% como catador de material reciclável e 13% são pedintes. A equipe técnica da Assistência e Cidadania entrevistou 32 homens e 13 mulheres que vivem em situação de rua. Outras cinco pessoas do sexo masculino e três do feminino não aceitaram responder ao questionário.

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