Coordenador da Funai e caciques são acusados de compra de votos em Miranda

O coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Edson Fagundes, e dois caciques de aldeias de Miranda, estão sendo investigados por sufrágio de votos em favor da candidata ao cargo na Prefeitura de Miranda, Juliana Pereira Almeida (PT). Nesta quarta-feira (3), o indígena Eugênio Santana, 62 anos, registrou boletim de ocorrência acusando os caciques Edilson […]

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O coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Edson Fagundes, e dois caciques de aldeias de Miranda, estão sendo investigados por sufrágio de votos em favor da candidata ao cargo na Prefeitura de Miranda, Juliana Pereira Almeida (PT).

Nesta quarta-feira (3), o indígena Eugênio Santana, 62 anos, registrou boletim de ocorrência acusando os caciques Edilson Antônio, da Aldeia Cachoeirinha e Fernando Antônio da Silva, cacique da Aldeia Argola apoiando o coordenador da Funai na compra de votos.

Segundo Santana, sua sobrinha, Braulina Francisca, realizou uma reunião em sua casa, na aldeia Cachoeirinha, com várias pessoas, inclusive, os caciques e Edson Fagundes. Ele disse ter percebido o movimento de pessoas e foi lá verificar o que estava acontecendo.

Eugênio afirmou em depoimento à polícia, que viu o coordenador da Funai prometendo aumentar o salário dos funcionários da Secretaria Indígena em troca de voto à candidata Juliana.

O denunciante informou que os caciques apoiaram a atitude do coordenador da Funai e por saber que a atitude é ilícita ele resolveu denunciar. O boletim foi registrado com o n° 702/2012 e o caso está sendo investigado pelo delegado Edson Luiz Ruiz Ubeda da Polícia Civil de Miranda.

Corrupção Eleitoral

O crime de compra de votos está previsto no artigo 41-A da Lei das Eleições (Lei 9.504, de 1997) e “doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem de qualquer natureza” são práticas que configuram essa transgressão.

Como punição, a lei estabelece a aplicação de multa ou cassação do diploma eleitoral do candidato que tenha se beneficiado da irregularidade.

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