Depois de passar por países como Argentina, Estados Unidos e França durante a fase de preparação para os Jogos Olímpicos de Londres-2012, Leandrinho vem encontrando dificuldades para dormir. Já na Inglaterra, ele chegou a pedir medicamentos para conseguir pegar no sono.

“Até minha família estava meio preocupada. Mas é que não estou conseguindo dormir. Contra a França, eu não me senti bem durante o jogo e minha pressão caiu. Dormi às 7h para acordar às 8h15. Geralmente, não tenho problema com isso, mas ainda estou tentando entrar nesse fuso”, declarou.

Leandrinho admite que, em função das poucas horas de sono, vem se sentindo indisposto. Ainda que aparente um certo abatimento, o ala da Seleção Brasileira garante que está motivado para disputar uma edição dos Jogos Olímpicos pela primeira vez na carreira.

“Eu acordo meio sem disposição, mas sei que temos que continuar, independentemente de estar dormindo ou não. Não estou triste, estou muito feliz. Por fora, vocês estão vendo um pouco de tristeza, mas por dentro estou muito feliz e ansioso para começar. Estamos com time completo e queremos provar a força do Brasil no basquete”, afirmou.

A Seleção entrou na Vila Olímpica dos Jogos de Londres na última segunda-feira. Nos primeiros momentos na residência oficial dos atletas, Leandrinho também encontrou dificuldades para pegar no sono em função da motivação de todos do elenco.

“Vamos ver vários atletas de todos os países misturados. Fico até ansioso e não consigo dormir. Vem o pessoal dos outros quartos, ficamos conversando e ainda tem TV a cabo. Isso nunca aconteceu e é tudo novidade para todos. Para mim, ficar com a galera está sendo maravilhoso, porque estou sempre no exterior”, afirmou.

Sob o comando de Rubén Magnano, a Seleção encerrou um jejum de 16 anos de afastamento dos Jogos Olímpicos. Mais do que isso, o time brasileiro passou a ser apontado como possível candidato a um lugar no pódio em Londres, situação que Leandrinho encara com cautela.

“É claro que a gente escuta tudo, mas sabemos que precisamos manter os pés no chão. Não podemos entrar com 7 metros de altura pelo que os outros vêm falando. Sabemos o que devemos fazer e respeitamos os adversários. Vai ser uma batalha muito grande, mas temos força suficiente para poder encarar todos os duelos”, disse.