Consórcio adia fechamento do lixão em Campo Grande e monta transição com catadores

Previsto para ser fechado no próximo dia 21, o lixão agora estará em funcionamento até 15 de dezembro desse ano. Até lá somente catadores cadastrados terão acesso ao local.

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Previsto para ser fechado no próximo dia 21, o lixão agora estará em funcionamento até 15 de dezembro desse ano. Até lá somente catadores cadastrados terão acesso ao local.

O lixão de Campo Grande não será mais fechado no dia 21 de novembro. Ficou acordado entre o consórcio Solurb, vencedor do processo licitatório do serviço de limpeza e manejo dos resíduos sólidos, e os catadores que no dia 15 de dezembro desse ano será proibida a entradas dos catadores e desativado de vez o local.

No dia 21 de novembro o consórcio Solurb começa a operar em Campo Grande. Em reunião com catadores na porta do lixão na tarde dessa quinta-feira, 15, foi montado um processo de transição válido até o dia 14 de dezembro, já que no dia seguinte (15) começam a valer na totalidade todas as regras acordadas entre as duas partes.

Entre os pontos acertados ficou que a partir dessa sexta-feira, 16, representantes do consórcio vão começar a fazer o cadastramento dos catadores, mas somente daqueles que trabalham no local. No ato do preenchimento da ficha o catador vai ter que informar se pretende continuar a trabalhar com reciclagem (cooperativa), se quer ser encaminhado para uma vaga de trabalho dentro do próprio Solurb (coletor, varrição, etc) ou se quer se candidatar a uma das 45 vagas oferecidas pela empresa de reciclagem Metap.

Depois de feito o cadastramento serão confeccionadas carteirinhas com nome e foto do catador, com promessa de entrega na próxima segunda e terça. Isso será necessário para ter acesso ao lixão durante o período de transição que vai até 14 de dezembro. Depois disso, cada catador vai atuar no local que optou durante o cadastro.

O superintendente do Solurb, Élcio Terra disse à reportagem que no dia que encerrar a transição, os caminhões vão depositar os materiais no aterro sanitário que fica ao lado do lixão. Alguns deles vão primeiro passar pela cooperativa para aqueles que optaram por continuar catador ter acesso ao lixo para separar os materiais recicláveis.

Élcio Terra também se comprometeu a fazer mais uma reunião com o catadores entre os dias 21 e 24 desse mês, caso necessário.

Abaixo-assinado

Na próxima segunda-feira, deve começar a circular na cidade um abaixo-assinado colhendo assinaturas pedindo a quebra do contrato entre a prefeitura da Capital e o Solurb. Outra idéia e fazer uma audiência pública entre catadores, população e representantes do Solurb para discutir a questão do lixo na cidade. “Esse bolo é nosso e deve ser dividido em partes iguais”, disse Cleonice Osório de Oliveira Tamasato, gestora do Cataforte e uma das lideranças que ainda tenta reverter o contrato.

O programa CataForte-MS chegou para fortalecer o cooperativismo no Estado e capacitar esses catadores que já tem sua profissão reconhecida por decreto, oferecendo qualificação profissional e com incentivos para isso. No dia 1º de maio desse ano foi lançado o Cataforte, com o objetivo transformar catadores de materiais recicláveis de Campo Grande em empresários através do associativismo e cooperativismo. (Matéria editada as 20h58 para acréscimo de informação).

 

 

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