Conselho volta a suspender registro de médico suspeito de matar paciente em 2008

Alexsandro de Souza é acusado de mutilar mais de 100 mulheres e suspeito pela morte de uma jovem de 24 anos

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Alexsandro de Souza é acusado de mutilar mais de 100 mulheres e suspeito pela morte de uma jovem de 24 anos

O CRM (Conselho Regional de Medicina) voltou a suspender o registro do médico Alexsandro de Souza. Ele responde a um processo disciplinar desde 2010 – quando seu registro foi suspenso pela primeira vez – e é acusado de mutilar mais de 100 mulheres em cirurgias plásticas mal sucedidas, sendo suspeito ainda da morte de um paciente de 24 anos, em 2008. No mês passado, uma liminar da 4ª Vara da Justiça Federal autorizou que ele voltasse a exercer a profissão. Como o CRM não recebeu o recurso até o momento, Alexsandro teve o registro suspenso mais uma vez.

Alexsandro atuava no interior, nas cidades de Fátima do Sul, Naviraí, Juti e Dourados, realizando cirurgias plásticas desde 2007, mesmo não possuindo habilitação. A estimativa é de que mais de 100 mulheres tenham sido mutiladas pelo médico. Ele responde ainda a acusação pela morte da jovem Cristiane Medina Dantas, 24, que não resistiu a uma lipoaspiração feita na clínica montada pelo médico em Fátima do Sul, em junho de 2008, morrendo seis dias depois.

O CRM informou que Alexsandro está sob interdição cautelar desde 2010, por conta do processo ético profissional nº 31/2010, sendo julgado por má conduta profissional na condução de cirurgia plástica, resultado ruim de cirurgia que deixou seqüelas imputadas à conduta médica, além da delegação de atos médicos a terceiros.

Segundo o Conselho, após o deferimento do recurso concedido pela Justiça, o médico deveria ter entrado com recurso no CRM. Como ele não se pronunciou dentro do prazo, o Conselho decidiu suspender mais uma vez seu exercício profissional, por 30 dias e assim sucessivamente, até que o processo seja julgado em definitivo. Se condenado, Alexsandro poderá ser proibido de exercer a profissão.

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