Conselho realiza campanha de combate ao Câncer de Boca

O CRO-MS (Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul) começou nesta segunda-feira, 5 de novembro, diversas atividades programadas para a Semana Estadual de Prevenção ao Câncer Bucal. As ações também acontecem no interior. “Previna o Câncer de Boca. Consulte o seu Dentista”. Essas frases vão se tornar comum na rotina da população na […]

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O CRO-MS (Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul) começou nesta segunda-feira, 5 de novembro, diversas atividades programadas para a Semana Estadual de Prevenção ao Câncer Bucal. As ações também acontecem no interior.

“Previna o Câncer de Boca. Consulte o seu Dentista”. Essas frases vão se tornar comum na rotina da população na próxima semana. Vários outdoors espalhados pela cidade irão alertar a população sobre a doença.

Nas ruas centrais de Campo Grande e também do interior,como em Dourados, Caarapo, Ponta Porã, Amambai, Três Lagoas e Corumbá, o Conselho vai orientar a população com distribuição de folders sobre como fazer o auto-exame e a importância de se prevenir. O objetivo da campanha é evitar que sejam feitas novas vítimas. “Com o tratamento é possível se curar sem que a pessoa fique com seqüelas. Então, queremos chamar a atenção da população para que façam a prevenção”, explica o presidente do Conselho, Francisco Grilo.

Semana

Conforme a publicação do Diário Oficial do Estado do dia 9 de junho de 2011, a semana será realizada anualmente em toda segunda semana do mês de novembro. Segundo a Lei, durante a semana serão realizados encontros, debates, campanhas educativas e outras atividades que visem a orientar e prevenir o câncer bucal na população sul-mato-grossense.

Dados do INCA:

Estimativa de novos casos: 14.170, sendo 9.990 homens e 4.180 mulheres (2012)

Número de mortes: 6.510, sendo 5.136 homens e 1.394 mulheres (2009)

Se diagnosticado precocemente, as chances de cura do câncer bucal são de 60% em média. Quando a doença é descoberta em estado adiantado, esse número cai para 30%. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 14170 novos casos deste tipo de câncer para o ano de 2012. Para fugir dessa estatística, é imprescindível fazer consultas regulares ao dentista. Ele pode garantir o diagnóstico da doença nos primeiros estágios e melhorar as condições de tratamento.

Câncer de boca é o 7º tipo mais freqüente no Brasil

O hábito de fumar é um dos principais fatores de risco que podem levar ao câncer bucal, hoje entre os 10 tipos de câncer com os mais altos índices do país. O câncer de boca está em 7º lugar – o de “traqueia, brônquio e pulmão” está em 3º. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a estimativa para 2010 é de 14.160 novos casos de câncer bucal, sendo 10.380 homens e 3.780 mulheres.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, que pela primeira vez trará informações sobre tabagismo, foi apresentada nesta sexta-feira, dia 27/11, Dia Nacional de Combate ao Câncer.

O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra. Fatores de Risco

Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.

Sintomas

O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e Diagnóstico Precoce

Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.

Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

Exame Clínico da Boca

O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.

Tratamento

A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).

As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.

Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos ‘gânglios’), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.

A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

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