Comércio de Dourados pode ter prejuízo milionário com falta de energia

O comércio central de Dourados já contabiliza grandes prejuízos com a falta de energia elétrica. Por volta das 9h a luz acabou e só foi retornar, gradativamente, depois das 11h. Porém, por volta das 13h15 acabou novamente e se estendeu até o final da tarde. Perto das 16h30 retornou aos poucos. Sem luz o caos […]

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O comércio central de Dourados já contabiliza grandes prejuízos com a falta de energia elétrica. Por volta das 9h a luz acabou e só foi retornar, gradativamente, depois das 11h. Porém, por volta das 13h15 acabou novamente e se estendeu até o final da tarde. Perto das 16h30 retornou aos poucos.

Sem luz o caos se instalou na região central. Com os semáforos desligados vários acidentes foram registrados, trabalho redobrado à equipes do Corpo de Bombeiros e Samu.

Quem precisou utilizar serviços de banco teve que voltar para casa. Nesta sexta-feira é o quinto dia útil, período que as empresas pagam os salários. “Fui na Caixa Econômica trocar um cheque às 10h e retornei às 14h e não consegui. O jeito é deixar para semana que vem”, disse a vendedora Márcia Aparecida Vieira, que contava com o dinheiro para fazer um almoço em família amanhã, feriado de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira da cidade.

No comércio a reclamação foi geral. A maioria das lojas pararam e os prejuízos estão sendo calculados. A gerente da Loja Avenida, Maria de Jesus, disse que perdeu de vender cerca de R$ 10 mil. “No período da manhã quando acabou a luz a fila do caixa estava cheia. As pessoas tiveram que largar a mercadoria e ir embora porque elas preferiram não reservar a compra”, explica a gerente.

Ivone Batista é uma das clientes da loja e aproveitou a tarde de hoje para ir às compras. “Pena que está sem luz. O jeito é voltar no domingo, aproveitar que o comércio estará aberto”, disse a cliente.

Na sorveteria Mister, em frente à praça Antonio João, foi uma paradeira só. Com o intenso calor dezenas de pessoas paravam para pedir sorvete. Sem energia as máquinas não funcionaram e o prejuízo foi calculado em R$ 1 mil. A única saída das atendentes foi vender água e refrigerante.

Quem também passou sufoco, ou seja, calor foram os pacientes do Hospital da Vida. A unidade conta com gerador para atender somente os setores de urgência e emergência, como UTI’s e centros cirúrgicos. As enfermarias e os demais leitos da unidade ficaram no escuro. “Prejuízo à vida não tivemos. O problema foi apenas de desconforto para pacientes que estão nos quartos, pois ficaram sem ventilador e no escuro”, diz Orlando Martelli Filho, diretor administrativo do hospital.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), Francisco Eduardo Custódio, “sentiu na pele” a problemática da falta de energia. Dono de um escritório de contabilidade ele estava preocupado com os serviços dos clientes, que devem ser feitos nesta sexta. “Estamos muito preocupados porque se não fizermos os serviços contábeis de FGTS teremos que recolhê-lo com multa na próxima segunda”, disse ele.

O presidente da Aced ainda não estima o prejuízo no comércio. “Como a energia acabou de forma geral no centro da cidade, todos tiveram perdas de vendas”, reiterou, acrescentando que somente na semana que vem terá uma avaliação melhor do caos da falta de energia.

Problema

A falta de energia foi provocada pela falha no sistema de proteção da subestação Maxwell, localizada na vila que leva o mesmo nome. Em contato com a reportagem, a assessoria de comunicação da Enersul, empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade, informou que pelo menos 23 mil unidades foram afetadas durante o blecaute.

O problema foi registrado por volta das 9 horas e deveria ser minimizado, conforme a assessoria, até as 12h, porém o problema se estendeu no período da tarde, retornando às 16h30.

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