Comando da Liga Árabe defende criminalização da blasfêmia para conter violência

O secretário-geral da Liga Árabe (que reúne 23 nações), Nabil Elaraby, defendeu ontem (26) a criminalização da blasfêmia. Ele discursou durante sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A defesa ocorre no momento em que há uma onda de ataques às representações norte-americanas em vários países em reação a um filme […]

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O secretário-geral da Liga Árabe (que reúne 23 nações), Nabil Elaraby, defendeu ontem (26) a criminalização da blasfêmia. Ele discursou durante sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

A defesa ocorre no momento em que há uma onda de ataques às representações norte-americanas em vários países em reação a um filme anti-Islã. Segundo Elaraby, os insultos à religião muçulmana constituem ameaça séria à paz e à segurança internacionais.

A afirmação do secretário-geral da Liga Árabe esbarra em resistências das autoridades dos Estados Unidos e da Europa que condenam qualquer restrição à liberdade de expressão. No entanto, Elaraby insistiu que se o Ocidente criminalizou atos que podem resultar em danos pessoais, também deve criminalizar atos que podem causar “danos psicológicos e espirituais”.

Ele condenou a onda de violência provocada pelo filme que satiriza o profeta Maomé e o islamismo. Anteontem (25), a presidenta Dilma Rousseff repudiou, em discurso na 67ª Assembleia Geral da ONU, os atos de violência contra as representações norte-americanas e de aliados, assim como o preconceito em relação aos muçulmanos.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

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