Diante de um crescimento da economia que frustou a expectativa até dos mais pessimistas, a presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um balanço otimista em seu pronunciamento de fim de ano, que foi ao ar neste domingo em cadeia de rádio e televisão. Explorando números de programas sociais, como o Brasil sem Miséria e o Minha Casa Minha Vida, Dilma pediu a ajuda de governadores, prefeitos e empresários para contornar os efeitos da crise econômica mundial. Analistas consultados pelo BC preveem que a economia irá expandir 1%, ante expectativa de 4,5% no começo do ano.

No pronunciamento de 11 minutos, gravado no Palácio da Alvorada na última quinta-feira, a presidente destacou que o País criou alicerces para o crescimento, mas que ainda há mais a ser feito para melhorar a competitividade brasileira. Dilma citou a redução das tarifas de energia elétrica, que chegará a consumidores residenciais e empresariais no ano que vem, e os projetos de investimento em infraestrutura, como rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que já investiu R$ 386 bilhões.

“Em todas essas ações queremos parceria com o setor privado. Contamos também com o apoio dos governos estaduais e das prefeituras. Sabemos que, diante do tamanho do Brasil e o dos desafios, somente será possível a mudança de patamar de competitividade de nosso País se todos estivermos no mesmo rumo”, conclamou a presidente. Dilma destacou ainda que o programa Brasil sem Miséria alcançou a marca de 16,4 milhões de brasileiros retirados da pobreza extrema. Um dos motivos, segundo a presidente, foi o investimento feito no Brasil Carinhoso e no Bolsa Família. Os programas prevêem que todas as famílias extremamente pobres e com pelo menos uma criança tenham renda mínima de R$ 70. Em relação ao Minha Casa Minha Vida, a presidente comemorou a entrega de 1 milhão de casas e a contratação de mais 1 milhão. “É o maior programa desse gênero no mundo”, afirmou.

Em relação aos eventos esportivos que o Brasil vai sediar a partir do ano que vem, Dilma Rousseff se disse impressionada com os dois primeiros estádios de futebol prontos, o Castelão, em Fortaleza, e o Mineirão, em Belo Horizonte. A presidente garantiu que as novas arenas oferecerão mais segurança e conforto aos torcedores e lembrou que mais quatro estádios serão entregues a tempo da Copa das Confederações. “Entramos na reta final de preparação para a melhor Copa do Mundo de todos os tempos. Uma Copa que será um sucesso dentro e fora dos gramados. Iniciamos também um novo ciclo olímpico no qual o Brasil será o protagonista. Nos próximos quatro anos os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil. Tenho certeza que a imagem de um povo alegre e hospitaleiro se somará ao reconhecimento de um povo capaz de realizar com sucesso e profissionalismo grandes eventos”, disse.