Com investimentos de R$ 175 milhões, programa espera aumentar produção leiteira de MS

O programa não visa apenas aumentar a produção, mas também a qualidade do leite

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O programa não visa apenas aumentar a produção, mas também a qualidade do leite

Cada vaca leiteira em Mato Grosso do Sul produz hoje cerca de 2,3 litros de leite diários, a produção considerada mínima desestimula os produtores e faz do estado um dos mais baixos em produção no país.

Para mudar esse quadro, e colocar Mato Grosso do Sul entre os estados exportadores de leite, foi lançado nesta segunda-feira (4), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, o Projeto de Desenvolvimento da Bacia Leiteira na Região Central de MS.

A meta, segundo Tereza Cristina, secretária da Seprotur (Secretaria de Estado de Produção e Turismo) é chegar a 12/13 litros de leite por vaca diário. A secretaria explica ainda que o objetivo não é ser o terceiro, o segundo maior produtor, mas estar entre os grandes e exportando leite de MS.

O programa que não visa apenas aumentar a produção, mas também a qualidade do leite vai capacitar 1,5 mil produtores em 17 municípios com assistência técnica efetiva e contínua. Ao todo serão investidos R$ 175 milhões ao longo de três anos.

Segundo a secretaria, o investimento não vai ser apenas em dinheiro, mas também em recursos técnicos e tecnológicos. Inicialmente, 50 técnicos vão ser capacitados para prestar assistência técnica e gerencial aos produtores beneficiados, que também participarão de capacitação com 40 horas/aula de curso.

“Cada técnico vai ficar responsável em atender 30 propriedades rurais, o ideal seria 20, mas para quem atende, hoje, 90 e passa a tender 30 já há melhora”, apontou.

Senar

Para Ademar Silva Júnior, presidente do Conselho Administrativo do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) a parceria entre as diversas entidades do programa vai ajudar a dar um direcionamento para a produção em MS.

“É uma grande parceria, todos imbuídos no mesmo objetivo, que é aumentar a produção de leite em MS, aumentar a rentabilidade para esse pequeno e médio produtor de leite e melhorar a qualidade do leite ofertada no mercado interno”.

Ele lembra que o programa é um desafio principalmente por MS não ser um estado com expertise na produção leiteira, mas ressalta que com boa vontade e parceria é possível atingir os objetivos traçados.

“Tenho certeza que em um curto espaço de tempo o Mato Grosso do Sul pode ser reconhecido no cenário nacional como um estado produtor de leite de qualidade”.

Municípios

Os municípios envolvidos na primeira etapa do Leite Forte são: Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Nioaque, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Negro, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos. Com a consolidação desta etapa, a meta é estender o projeto aos demais municípios do Estado.

Parceiros

Participam do projeto: Seprotur, Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, Agraer, Iagro, AEM, Junta Comercial, Cedrs, Ceasa, Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, Secretaria de Estado de Meio Ambiente/Instituto de Maio Ambiente de MS, Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos, Assomasul, Famasul/Funar/Senar, Sebrae-MS, Fiems/Senai, Fetagri, FAF, CUT, MST, Ministério da Agricultura/Embrapa/OCB-MS, Ministério do Desenvolvimento Agrário/Incra, Ministério da Integração Nacional/Sudeco, Ministério do Desenvolvimento Social, UEMS, BNDES, Banco do Brasil, Fundação BB , Sicredi e Uniderp.

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