Com dois gols polêmicos, São Paulo garante vaga e recorde na Bahia

O São Paulo precisou de dois gols polêmicos, mas alcançou em Feira de Santana, diante do Bahia local, sua 11ª vitória consecutiva na temporada, igualando a maior sequência já atingida na história do clube. A goleada por 5 a 2 que ainda garante a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil sem […]

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O São Paulo precisou de dois gols polêmicos, mas alcançou em Feira de Santana, diante do Bahia local, sua 11ª vitória consecutiva na temporada, igualando a maior sequência já atingida na história do clube. A goleada por 5 a 2 que ainda garante a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil sem a necessidade do segundo jogo no Morumbi.

Para repetir a sequência positiva só ocorrida no Tricolor paulista em 1943, quando o time de Leônidas da Silva foi campeão estadual, e na campanha do vice-campeonato paulista da equipe de Serginho Chulapa em 1982, Emerson Leão lançou sua equipe à frente.

Logo aos nove minutos, abriu o placar com Rhodolfo, impedido. O Bahia de Feira ainda empatou aos 29, com Carlinhos, mas aos 35 teve o goleiro Dionantan expulso em pênalti contestável que Luis Fabiano converteu. No segundo tempo, Luis Fabiano, em outra cobrança de pênalti, aos 13, e Maicon, aos 33, selaram o triunfo. Os anfitriões descontaram aos 39 com João Neto batendo penalidade, mas Osvaldo, em seu 25º aniversário, fechou o placar aos 42.

À espera de Atlético-GO ou Ponte Preta na próxima fase da competição, o São Paulo volta a campo às 16 horas (de Brasília) de domingo, contra o Linense, em Lins, quando depende apenas de si para terminar a primeira fase do Campeonato Paulista na liderança. Já o Bahia de Feira de Santana precisa vencer o Juazeiro, em casa, para ir às semifinais do Campeonato Baiano.

O jogo – Emerson Leão armou o time taticamente para definir a classificação já nesta quarta-feira, em Feira de Santana. Não poupou Paulo Miranda, recém-recuperado de pancada no joelho e no tornozelo esquerdos, e colocou só Denilson como volante de origem, recuando Cícero para ter um ataque formado por Lucas, Fernandinho e Luis Fabiano, municiados principalmente por Jadson.

A teoria foi colocada em prática a ponto de a equipe parecer atuar em casa no estádio Joia da Princesa. Os laterais Piris e Cortez apareciam frequentemente na frente como opções. Completamente pressionado, o Bahia de Feira não sabia como marcar o adversário. Já aos dois minutos, Luis Fabiano quase deixou o seu aproveitando bobeira do goleiro Dionantan.

Mas foi se beneficiando de outra confusão dos anfitriões que o time abriu o placar. Aos nove minutos, ao cobrar uma das muitas faltas sofridas por Fernandinho perto da lateral direita, Jadson colocou a bola na área e Rhodolfo, com impedimento comprovado pelas câmeras de televisão, desviou de cabeça nas redes.

O susto não acertou o posicionamento da equipe da casa, que só não levou o segundo gol por falhas do São Paulo. Além de muitos rebotes permitidos pelo Bahia mesmo dentro da área, o time do Morumbi perdeu principalmente três grandes chances: duas com Luis Fabiano e outra com Fernandinho.

Com dificuldades para marcar pelos dois lados, Arnaldo Lira, técnico do Bahia de Feira, escolheu mexer na esquerda, mas de maneira ofensiva. Manteve o foco nas constantes subidas de Fernandinho e, para diminuir as investidas de Piris, trocou o lateral Edson pelo meia Jonnathann.

A alteração fez a equipe da casa, ao menos, passar do meio-campo – antes, Denilson e Cícero roubavam a bola já na intermediária para passá-la à frente. E o Bahia de Feira precisou só de uma grande chance para empatar. Aos 29 minutos, João Neto acreditou em cruzamento que atravessou à área, limpou Piris e cruzou rasteiro. Paulo Miranda nem se mexeu na pequena área, apenas vendo a bola chegar aos pés de Carlinhos e, de primeira, ao gol.

A resposta são-paulina apareceu rápido em excelente jogada de Cícero, que fez longo lançamento para Luis Fabiano entrar livre na grande área. O centroavante passou pelo goleiro Dionantan e, sem ser encostado pelo adversário, caiu no chão. Pênalti e expulsão do arqueiro. Já com Filipe no gol, que entrou no lugar do experiente meia Jackson (ex-Palmeiras, Cruzeiro e Seleção Brasileira), o camisa 9 do Tricolor paulista cobrou nas redes, aos 35 minutos.

Apesar dos dois gols polêmicos e da bobeira no gol do Bahia de Feira, o São Paulo dominava o confronto amplamente. Com um a mais, contudo, o time visitante pareceu se acomodar, a ponto de deixar o adversário criar chances. Ainda no primeiro tempo, aos 44 minutos, Raylan só não empatou em cobrança de falta porque Denis teve reflexo.

Na volta do intervalo, Leão foi obrigado a sacar Fernandinho, que levou pancada na coxa, mas manteve a ofensividade com a entrada de Osvaldo. O problema era a própria equipe, que voltou mais defendendo do que atacando e, mais uma vez, precisou de Denis, aos oito minutos, em arremate forte de João Neto.

Lucas, então, apareceu. Aos 12 minutos, iniciou sequência de dribles que acabou somente com falta de Paulo Paraíba dentro da área. Novo pênalti e outra oportunidade que Luis Fabiano não desperdiçou, assegurando a vitória por dois gols de diferença que garante a próxima semana sem jogos.

E o Tricolor paulista já pôde descansar em campo em pouco mais de meia hora que restava à partida, tanto que Leão sacou os desgastados Denilson e Jadson e colocou Casemiro e Maicon. Aos 33 minutos, o descansado Maicon aproveitou jogada de pivô de Luis Fabiano para fazer 4 a 1.

O Bahia de Feira já não tinha mais nem força física para tentar surpreender, mas conseguiu balançar as redes aos 39 minutos, quando João Neto converteu pênalti sofrido por Zé Roberto em falta cometida por Paulo Miranda. Mas, Osvaldo, que completou 25 anos nesta quarta-feira, contou com desvio de Paulo Paraíba para selar o 5 a 2 aos 42 minutos.

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