Com deficiência visual, acadêmico de direito é aprovado no exame da OAB

O sonho era antigo. Desde pequeno, o acadêmico Bruno Duarte Mello sabia o que queria ser quando crescer: advogado. A vida lhe trouxe alguns desafios, mas nada que não pudesse ser superado. Aos seis anos, perdeu a visão. Hoje, aos 20, o estudante do nono semestre do curso em uma universidade da Capital, comemora a […]

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O sonho era antigo. Desde pequeno, o acadêmico Bruno Duarte Mello sabia o que queria ser quando crescer: advogado. A vida lhe trouxe alguns desafios, mas nada que não pudesse ser superado. Aos seis anos, perdeu a visão. Hoje, aos 20, o estudante do nono semestre do curso em uma universidade da Capital, comemora a aprovação no exame da Ordem dos Advogados (OAB/MS).
 
Ele é um exemplo de determinação. Diz sempre usar a frase bíblica “o pior cego não é aquele que não enxerga, é aquele que não quer ver”. Quando nasceu, enxergava, mas perdeu a visão do olho direito em função do glaucoma. Meses depois, após acidente de bicicleta, o outro olho também ficou comprometido.
 
Bruno conta que entrou na Universidade aos 16 anos e sempre recebeu apoio dos professores. “Todos se mostraram muito prestativos, o que estava ao alcance deles fizeram”, afirma o estudante. Ele se lembrou de dois docentes que marcaram significativamente a sua vida acadêmica: Vanessa Velasques e Regis Jorge Júnior. “Eles conseguiram fazer com que eu me sentisse em igualdade”, ressaltou.
 
A dedicação aos estudos é constante. Assim que concluir a faculdade, pretende fazer pós-graduação. Revela desejar também ser juiz do trabalho. “A minha virtude é ter foco. Quando tenho um objetivo, corro atrás”, conclui.

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