Com bloqueio de fronteira e BR, assentados cobram ações governamentais

Famílias moradoras nos assentamento rurais do Paiolzinho; Taquaral e Tamarineiro e Tamarineiro II bloquearam a fronteira de Corumbá com a Bolívia. A manifestação teve início às 06 horas desta sexta-feira, 27 de abril, e somente pedestres podem atravessar para o lado boliviano. Apoiam a mobilização, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do […]

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Famílias moradoras nos assentamento rurais do Paiolzinho; Taquaral e Tamarineiro e Tamarineiro II bloquearam a fronteira de Corumbá com a Bolívia. A manifestação teve início às 06 horas desta sexta-feira, 27 de abril, e somente pedestres podem atravessar para o lado boliviano.

Apoiam a mobilização, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do MS (Fetragri); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e do Movimento Sem Terra (MST).

O grupo cobra investimentos em moradia; distribuição de água; retomada do Programa de Consolidação dos Assentamentos da Reforma Agrária (PCA), do Governo Federal, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para obras de recuperação das estradas vicinais e a volta de um programa que comprava a produção dos assentados para distribuição a entidades filantrópicas.

“Nosso objetivo aqui é reivindicar moradias, temos um programa de moradia do INCRA que ainda não foi liberado e resolvemos fazer disso uma bandeira de luta. Temos ainda o PCA que é um dinheiro de recursos do BID empregado em assentamentos, mas faz muito tempo que está parado. Esse dinheiro tem prazos para as obras serem executadas, e termina esse ano.

Aqui temos estradas que precisam ser recuperadas com esse recurso. Há ainda a rede de água e o sistema de abastecimento dos assentamentos que também precisam de investimentos”, explicou a este Diário a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Corumbá, Divina Rosa da Cruz.

Segundo a dirigente sindical, há um programa que prevê a compra da produção da agricultura familiar para distribuição a entidades filantrópicas – seria na verdade uma vertente do Fome Zero – que foi paralisado.

Os recursos são do Governo Federal e teriam gestão do Município. Há ainda a cobrança da retomada do atendimento aos assentados pela Sanesul, que teria deixado de atender os assentamentos rurais de Mato Grosso do Sul há aproximadamente cinco anos.

Os manifestantes prometem manter a interdição da fronteira brasileira até que autoridades iniciem uma pauta de negociações com eles.”Queremos ser ouvidos pelo Ministério Público; Governo do Estado; Prefeitura e Incra. Queremos que venham aqui ouvir nossas reivindicações”, completou a presidente do Sindicato.

Outro grupo de famílias assentadas interditou totalmente a rodovia BR-262 na altura do quilômetro 714, desde às 07 horas nas proximidades do Distrito de Albuquerque, distante aproximadamente 60 quilômetros da área urbana corumbaense. Mas naquele ponto, a Polícia Rodoviária Federal informa que a pista já foi liberada e o tráfego de veículos é normal.

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