Com B. Senna em risco, Brasil pode ter piloto único após 42 anos

O Brasil já chegou a ter cinco brasileiros correndo na mesma etapa da Fórmula 1. Aconteceu duas vezes em 2001, quando Rubens Barrichello (Ferrari), Enrique Bernoldi (Arrows), Tarso Marques (Minardi), Ricardo Zonta (Jordan) e Luciano Burti (Prost) largaram para os GPs de Alemanha e Canadá. Em 2013, no entanto, a situação pode ser bem menos […]

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O Brasil já chegou a ter cinco brasileiros correndo na mesma etapa da Fórmula 1. Aconteceu duas vezes em 2001, quando Rubens Barrichello (Ferrari), Enrique Bernoldi (Arrows), Tarso Marques (Minardi), Ricardo Zonta (Jordan) e Luciano Burti (Prost) largaram para os GPs de Alemanha e Canadá. Em 2013, no entanto, a situação pode ser bem menos promissora: com Bruno Senna (Williams) ameaçado de deixar o grid, apenas Massa (Ferrari) é presença certa na próxima temporada da categoria.

Existe a possibilidade – ou o risco – de o Brasil ter apenas um piloto na Fórmula 1 entre os titulares em 2013. Caso Bruno Senna não consiga vaga, e nomes como Luiz Razia e Rubens Barrichello não entrem na Fórmula 1, incluindo no decorrer da temporada, o País repetira o cenário que viveu pela última vez em 1971, quando apenas Emerson Fittipaldi (Lotus) disputou a categoria. Desde então, todos os anos, pelo menos dois brasileiros correm uma ou mais etapas do calendário do ano.

A chegada a Interlagos é decisiva para Bruno. Com o 12º lugar no grid de largada deste domingo, o brasileiro da Williams contabiliza 31 pontos ao longo de 2012. Mesmo em sua terceira temporada na Fórmula 1, a primeira completa, o sobrinho de Ayrton Senna ainda luta para garantir vaga. Por enquanto, as negociações envolveriam permanecer no time de Frank Williams, conseguir um posto na Force India ou acertar com a Caterham.

“Está indefinido. Acho que temos que esperar até a próxima temporada para ver o que vai acontecer. Vamos esperar que venha de uma boa maneira, e que possamos ter um carro competitivo na próxima temporada”, disse Bruno, que vê prejuízo em 2012 por ter ficado fora de treinos livres com a Williams – por contrato, o time cedia a vaga do brasileiro em uma sessão para o finlandês Valtteri Bottas, piloto reserva.

“Foi uma temporada desafiadora, com muito aprendizado. Tivemos bons resultados e corridas duras. Considerando que foi minha primeira temporada completa na Fórmula 1, e com o prejuízo de não termos o treino de sexta-feira, acho que foi um ano muito bom. Estive muito forte no fim de quase todas as minhas corridas. Largar de uma posição diferentes da qual eu deveria largar me fez marcar menos pontos do que eu poderia”, analisou.

A situação já foi parecida para Felipe Massa. Hoje, é completamente diferente. No meio do ano, com desempenho fraco nas dez primeiras corridas (23 pontos), sua saída da Ferrari era dada como certa pela imprensa internacional. Nomes como Jules Bianchi, Sérgio Perez e Nico Hulkenberg foram cotados para substituí-lo. No entanto, com o bom desempenho na metade final da temporada (84 pontos em nove provas) e com o apoio da equipe, Massa conta com contrato para 2013, e quer incomodar.

“Não fiz por merecer até metade do ano. Estou guiando como quero, e quero ser competitivo”, afirmou o brasileiro, que espera responder à altura as elevadas exigências da torcida brasileira. “A torcida gosta de ver o piloto lá na frente, disputando. É o que eu quero. Quando o piloto volta a ser competitivo, a torcida esquece o que falou lá atrás”, emendou ele, quinto colocado no grid de largada do GP do Brasil de 2012.

Com um segundo semestre promissor, Felipe Massa tem como meta voltar a vencer em Interlagos, a exemplo do que fez em 2006 e 2008 – venceria também em 2007, mas cedeu o primeiro lugar para que seu então companheiro de Ferrari, o finlandês Kimi Raikkonen, fosse campeão do mundo. No fim das contas, Massa busca apenas encerrar bem uma temporada que começou sofrida e que vem evoluindo de maneira consistente.

“Foi uma temporada difícil até agosto. Em algumas corridas, não era sofrido, mas eu não conseguia o resultado. Sempre acontecia algo na corrida para que eu não terminasse na posição correta”, analisou. “Eu diria que, depois de agosto, tudo melhorou e eu consegui me acertar, conseguindo o resultado em quase todas as corridas. Foi uma boa segunda metade de temporada, e uma ótima preparação para o próximo ano”, completou.

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