Coleta de lixo hospitalar em instituição privada fica a cargo de empresas particulares

A partir desta quarta-feira (21), cerca de quatro das sete toneladas de lixo hospitalar recolhidas pela prefeitura de Campo Grande serão recolhidas por empresas pagas pelos próprios hospitais e clínicas da capital. O anúncio, feito há cinco dias pela prefeitura, revoltou proprietários desses estabelecimentos. Na manhã desta terça-feira, Mafuci Kadri, presidente do grupo El Kadri…

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A partir desta quarta-feira (21), cerca de quatro das sete toneladas de lixo hospitalar recolhidas pela prefeitura de Campo Grande serão recolhidas por empresas pagas pelos próprios hospitais e clínicas da capital. O anúncio, feito há cinco dias pela prefeitura, revoltou proprietários desses estabelecimentos.

Na manhã desta terça-feira, Mafuci Kadri, presidente do grupo El Kadri, usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para reclamar a decisão. “Fomos pegos de uma forma sorrateira. A Prefeitura nos impôs uma conduta inaceitável, dando um prazo de cinco dias para adotar a medida. É o mesmo que dizer aceitem ou degolem-se. A partir do dia 21, quatro empresas farão a coleta do lixo hospitalar. A saúde possui muitas dificuldades, incluindo a sobrecarga de impostos, não aceitamos mais um tipo de imposição por gestores que não possuem sensibilidade”, disse.

A assessoria de comunicação da prefeitura divulgou uma nota negando que a decisão seja de última hora, alegando que  determinação foi publicada pela Anvisa em 2004, decidida pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) em 2005, com um prazo de vencimento para aplicação da normatização até outubro de 2005.

Como a cidade não uma tinha estrutura adequada, ou seja, empresas com incineradores ou equipamentos de autoclavagem para esterilização dos resíduos, a prefeitura adotou uma “política de tolerância” durante este período.

Além disso, a prefeitura informou que no próprio edital de licitação do lixo, o MPE (Ministério Público Estadual) exigiu que fosse colocada uma clásula deixando claro que a prefeitura não iria continuar a recolher o lixo hospitalar do Estado e da União.

Custos

A prefeitura de Campo Grande vai custear somente as três toneladas de resíduos sólidos que são produzidas pelas unidades de saúde municipais e pela Santa Casa. O serviço, com um custo médio de R$ 12.120,00 por dia, será executado pela Solurb Soluções Ambientais.

Está programada a instalação de um equipamento de autoclave (uma espécie de panela de pressão gigante orçado em R$ 1,4 milhão), onde os resíduos de saúde serão esterilizados para que possam ser triturados e, depois, depositados no aterro sem nenhum risco de contaminação. Será instalado um crematório (orçado em R$ 412 mil) a ser usado pelo Centro de Controle de Zoonoses.

Na capital, são quatro empresas utilizadas para o recolhimento do lixo hospitalar. Oxina, a MS Ambiental,  Atitude e a Podium. (Com informações do site ALMS)

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