Cidade Limpa: Alex cobra ressarcimento a comerciantes

O vereador Alex do PT disse que todas as providências legais e, se necessário, políticas e institucionais, precisam ser tomadas para assegurar aos comerciantes de Campo Grande o direito de ressarcimento por prejuízos causados na implantação do Projeto Reviva Centro. “É inadmissível que uma decisão adotada de cima para baixo com a intenção de padronizar […]

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O vereador Alex do PT disse que todas as providências legais e, se necessário, políticas e institucionais, precisam ser tomadas para assegurar aos comerciantes de Campo Grande o direito de ressarcimento por prejuízos causados na implantação do Projeto Reviva Centro.

“É inadmissível que uma decisão adotada de cima para baixo com a intenção de padronizar as fachadas, se mostre com o tempo uma sucessão de erros e uma fonte de prejuízos financeiros, sociais e até emocionais ao segmento do comércio”, protestou o vereador.

Segundo Alex, o ressarcimento é uma condição indiscutível. “A prefeitura liberou durante anos esses painéis, que existem há várias décadas”, frisou. “Tem comerciante que chegou a investir R$ 50 mil para instalar um painel, outros cerca de R$ 015 mil. A conta fica apenas para o comerciante? Antes podia, era liberado. Agora fica proibido?”, indagou.

Ele citou, entre os outros danos ao comércio, o enquadramento na taxa de publicidade: “A taxa é paga por um ano pelo contribuinte. Mas a retirada das estruturas e a adequação do comércio são exigidas antes do término do ano fiscal. Aí a prefeitura chega e muda as regras do jogo, porém nada de providência no que diz respeito ao que já foi pago pelos comerciantes. Quem vai pagar essa conta?”, insistiu.

Alex afirmou ainda que a antiga promessa da prefeitura de revitalizar o centro de Campo Grande até agora só envolveu os comerciantes: “Além disso, e sem qualquer consulta, surrupiaram do comércio cerca 500 vagas de estacionamento e obrigaram os comerciantes a instalar piso tátil. Agora a obrigatoriedade de retirada dos painéis. O que a prefeitura fez pelo centro? Qual a sua contribuição para o comércio? Até agora só se vê o comerciante assumir e arcar com tudo. Será que a prefeitura irá ao menos melhorar a iluminação pública do centro? Sem os painéis que ajudavam a iluminar o espaço público, a situação com certeza ira piorar”, advertiu.

Olhar estreteito

O líder do PT na Câmara ainda lamentou o que chama de “olhar estreito” da prefeitura, reportando-se ao fato de o Executivo direcionar as ações com foco prioritário e regular apenas no centro da cidade. “O modelo gerencial em curso somente atinge o centro de Campo Grande. Acho que há um equívoco por parte do prefeito ou dos técnicos quando tratam de políticas de expansão e mobilidade urbana. Talvez entendam que somente faz parte do contexto urbano apenas a região central”, indignou-se Alex.

Diversos empresários não conseguiram fazer as alterações necessárias dentro do prazo, que na terceira etapa do programa venceu no dia 31 de maio. De acordo com suas avaliações e conforme reportagens da mídia, eles reclamam que as mudanças não estão sendo feitas concomitantemente com o que cabe ao poder público, como a retirada dos fios, colocação de fiação subterrânea, retirada dos postes, elevação do nível da rua e do nível da calçada.

O secretário da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Roberto Oshiro, queixou-se da falta de respostas do secretário municipal de Governo, Rodrigo Aquino, e do prefeito Nelsinho Trad (PMDB). As reuniões realizadas até o final da semana não haviam oferecido soluções satisfatórias. Linda Tufaile, uma das vendedoras do Camelódromo, reclama, por exemplo, da retirada das vagas de estacionamento que haviam na Avenida Afonso Pena.

As reclamações apontam com ênfase os critérios de publicidade impostos pela prefeitura: “Não pode ter publicidade nas bancas de revista e nas fachadas, mas pode ter nos pontos de ônibus. Quer dizer que o poder público pode ganhar com publicidade e a iniciativa privada não?”, questionou Oshiro. O empresário, dono da Ótica Diniz, amarga a queda do faturamento desde que a prefeitura acabou com as 400 vagas de veículos que existiam na principal avenida do centro.

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