China, Japão e Coreia do Sul preparam área de livre comércio

Os líderes de China, Japão e Coreia do Sul concordaram neste domingo em iniciar este ano conversações para estabelecer uma área de livre comércio para estimular a economia da região. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que uma integração econômica regional mais estreita como resposta a uma lenta recuperação global e a um crescimento do […]

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Os líderes de China, Japão e Coreia do Sul concordaram neste domingo em iniciar este ano conversações para estabelecer uma área de livre comércio para estimular a economia da região.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que uma integração econômica regional mais estreita como resposta a uma lenta recuperação global e a um crescimento do protecionismo do comércio pode liberar um novo potencial de crescimento.
“O nordeste asiático é a região mais dinâmica do mundo. Há ali um grande potencial para que nossos três países tenham uma estreita cooperação comercial e de investimentos”, afirmou. “A criação de uma área de livre comércio liberará a vitalidade econômica de nossa região e dará um impulso maior à integração econômica no Leste asiático”, completou Wen.
As declarações de Wen foram feitas na capital chinesa depois de ele reunir-se com o presidente sul-coreano Lee Myung-Bak e com o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda.
O poder aquisitivo conjunto de China, Japão e Coreia do Sul representa a maior zona econômica do mundo, à frente da União Europeia. Pelo volume de seu PIB, a China é a segunda economia do planeta e o Japão a terceira.
Para o Japão, estas negociações sobre uma zona de livre comércio se somam aos trâmites para que o país possa aderir à chamada Associação Transpacífico (TPP), promovida pelo presidente americano, Barack Obama, e que pretende converter-se na maior zona de livre comércio do mundo.
“Vamos promover em paralelo o TPP e este acordo de livre comércio bilateral. Estes esforços serão mutuamente benéficos”, disse o primeiro-ministro japonês.
O presidente sul-coreano, por sua vez, afirmou que quando a economia está em crise, é preciso criar zonas de livre comércio com urgência.
“Em tempos de crises, os países que tentam se proteger adotando ideias protecionistas tornam mais lenta a recuperação econômica”, afirmou.
Pequim, Tóquio e Seul – cujas economias dependem em grande medida de suas exportações – querem reforçar o comércio da região, para resistir à diminuição da demanda de seus principais clientes na Europa e América do Norte.
No encontro deste domingo, os dirigentes dos três países também firmaram um acordo de investimentos concluído após 13 sessões de negociações que se prolongaram durante cinco anos.

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