O Chelsea tem montada uma operação para deixar o Japão horas depois da final do Mundial de Clubes contra o Corinthians, no domingo. Tudo em nome do confronto com o Leeds United na quarta-feira pela Copa da Liga Inglesa (Capital One), em compromisso valorizado pela direção do clube em razão da rivalidade com os cartolas do outro time.

Segundo um integrante da delegação do Chelsea no Japão, o jogo contra o Leeds vale tanto para direção quanto o confronto com o Corinthians pelo troféu da Fifa, por “uma questão de honra entre os dirigentes dos dois clubes”. Essa visão contrasta com a atitude dos jogadores, que têm falado em “sonho” a respeito do título mundial.

Em 2003 o milionário russo Roman Abramovich se tornou proprietário da empresa que controla o Chelsea, tirando o clube das mãos de Ken Bates. Com o dinheiro da transação [cerca de 140 milhões de libras], o antigo mandatário dos azuis adquiriu o controle acionário do Leeds United.

Bates pegou o Chelsea na Segunda Divisão nos anos 80, com o clube mergulhado em dívidas, e entregou a Abramovich um negócio de nível médio no futebol inglês. Em 2003 o empresário encarou situação semelhante com o Leeds United, que hoje tenta voltar à elite da Premier League.

Mas mesmo longe do Chelsea, Bates criou uma rivalidade com Abramovich, principalmente quando criticou em 2011 a disposição do russo de erguer um novo estádio para o clube em Londres. O empresário inglês havia evitado que Stamford Bridge fosse perdido nos anos de dívida do atual campeão da Europa.

A expectativa é que a delegação do Chelsea voe para Inglaterra nas primeiras horas de segunda-feira. A partida contra o Leeds United pela quarta fase da Copa da Liga está marcada para 19h45 de quarta-feira, em horário britânico.