Chávez diz governo de Sarkozy foi “terrível” e espera virada de Hollande

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta segunda-feira que o governo do conservador Nicolas Sarkozy na França foi “terrível”, ao mesmo tempo que mostrou sua esperança que o novo Executivo liderado pelo socialista François Hollande marque uma “virada”. “Tomara, como se diz por aí, que este novo governo socialista, do partido socialista, da esquerda, […]

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta segunda-feira que o governo do conservador Nicolas Sarkozy na França foi “terrível”, ao mesmo tempo que mostrou sua esperança que o novo Executivo liderado pelo socialista François Hollande marque uma “virada”.

“Tomara, como se diz por aí, que este novo governo socialista, do partido socialista, da esquerda, marque uma virada”, manifestou o presidente em uma breve ligação ao canal estatal feita de Cuba, onde se encontra há uma semana concluindo o tratamento contra um câncer.

No pleito presidencial realizado ontem na França, Hollande obteve 51,13% dos votos contra 48,87% de Sarkozy.

“Nós não queremos nos meter nas coisas internas da França, mas, caramba, o governo que está saindo foi terrível, terrível”, declarou.

“Olhem como terminou o governo francês, subordinado ao império ianque, às agressões contra a Líbia, contra a Síria e liderando o plano do Fundo Monetário Internacional que estão aplicando de maneira inclemente aos povos europeus”, acrescentou.

O líder contrapôs a era Sarkozy com a de seu antecessor, o nacionalista e “bom amigo” Jacques Chirac, que manteve uma “posição firme”, disse, manifestando-se contra a Guerra do Iraque.

“Tomara que a França se some aos que lutamos pela autodeterminação dos povos, o mundo multipolar”, indicou Chávez.

“E esperamos retomar as relações políticas, econômicas, sociais entre os dois países que sempre tivemos”, continuou.

Em comunicado divulgado ontem pela chancelaria venezuelana, Chávez felicitou Hollande e expressou sua esperança que a França retome “o caminho da construção de um mundo multipolar”.

Já o presidente da Assembleia Nacional (AN), Diosdado Cabello, foi mais longe e disse hoje que a ascensão de Hollande representa a “derrota da direita europeia”.

 

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