Centrais sindicais se reúnem para reivindicar redução da taxa básica de juro

As centrais sindicais – Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) , NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores) – se reúnem na manhã desta quarta-feira (18), em São Paulo, para reivindicar a redução da Selic (taxa básica de juro) […]

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As centrais sindicais – Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) , NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores) – se reúnem na manhã desta quarta-feira (18), em São Paulo, para reivindicar a redução da Selic (taxa básica de juro) na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que termina na noite de hoje.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, critica o fato de a taxa real de juro (descontada a inflação) no Brasil ser a mais alta do mundo. “Cada 1% de juro que o país Paga são US$ 15 bilhões que estão sendo entregues para o capital financeiro internacional. Esse dinheiro resolveria o problema da saúde no Brasil. Mais US$ 15 bilhões resolveriam o problema da educação e da moradia”, afirmou.

Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o corte dos juros deve impulsionar o crescimento da atividade econômica no País. “Vamos pressionar para que o Copom mantenha a política de redução da taxa Selic. Baixar os juros funciona como um estímulo para a criação de novos empregos e para o aumento da produção no País ”, disse.

Expectativas

A manifestação dos sindicalistas está em linha com a expectativa do mercado para as taxas de juros no Brasil.

A maior parte dos analistas econômicos espera que o Banco Central mantenha a tendência de redução de juros, iniciada em agosto do ano passado, e corte a Selic em mais 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano.

Retrospectiva

A taxa de juros chegou a atingir 12,50% a.a. em julho do ano passado, depois de um movimento de aperto monetário para conter o avanço da inflação – com os juros mais altos, a tendência é que o consumo diminua e, consequentemente, os preços parem de subir.

A partir da reunião de agosto, o Banco Central iniciou o ciclo de afrouxamento monetário (com a redução dos juros), acreditando em uma desaceleração da economia global – por conta da crise internacional – e um possível reflexo na economia brasileira.

De lá para cá, já foram três cortes, de 0,5 p.p. cada, que deixaram a Selic no atual patamar de 11% ao ano.

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