Os dois cemitérios públicos de Dourados, o Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus, devem receber em torno de 60 mil pessoas até sexta-feira, feriado de Dia de Finados. Os dois cemitérios possuem cerca de 40 mil pessoas sepultadas.

De acordo com a administração dos cemitérios, desde sábado muitas pessoas vêm visitando as sepulturas, mas o movimento mais intenso começou na segunda-feira. Apenas no Dia de Finados a expectativa é que aproximadamente 40 mil pessoas passem pelos dois cemitérios públicos de Dourados.

Para receber o grande público, a prefeitura intensificou a manutenção de rotina, fazendo limpeza, pintura e pequenos reparos nas partes interna e externa dos cemitérios. As ruas de acesso também foram sinalizadas. A Palmeiras, por exemplo, recebeu sinalização da Coronel Ponciano até a Hayel Bon Faker.

Ao longo do ano foram feitas várias reformas que revitalizaram a parte de jardinagem e do estacionamento, em frente ao Santo Antônio de Pádua. Nas ruas de acesso, foi providenciado o tapa-buraco. Caminhões pipa já estão nos cemitérios para também dar suporte às pessoas que costumam fazer a limpeza das sepulturas e jazigos.

No Dia de Finados, como o movimento de visitantes será bem maior, a prefeitura já providenciou a instalação de banheiros químicos.

A administração dos cemitérios vai funcionar durante todo o horário de abertura dos cemitérios, das 7h às 19h, inclusive no Dia de Finados, para orientar os visitantes. As pessoas que querem localizar sepulturas terão que saber a data precisa do falecimento para fazer a busca no sistema.

A prefeitura reservou espaço para 130 ambulantes, que já estão comercializando flores, velas, coroas, alimentos, bebidas (exceto alcoólica) e sorvetes próximos nos portões de entrada dos cemitérios. A Guarda Municipal fará o controle de veículos nas ruas de acesso e o trânsito será interditado.

Faxina

Nesta época do ano aumentam os serviços para os faxineiros que fazem a limpeza nas sepulturas e jazigos contratados por familiares dos entes sepultados. No caso de Lurdes Manfre da Silva, 64, que há 11 anos faz a limpeza de sepulturas, os serviços aumentam bastante na semana que antecede o Dia de Finados.

O que antes era para ser apenas um ‘bico’, a faxina de sepulturas virou a principal renda de Lurdes, que acabou levando a filha, Vanilda para ajudar na limpeza.

Hoje ela fatura uma média de R$ 1.200,00 por mês fazendo a faxina de pelo menos 70 sepulturas por semana. Por mês ela cobra entre R$ 20,00 e R$ 50,00, dependendo da sepultura, para limpar uma vez por semana. “Há muito tempo deixei de ser empregada doméstica. Aqui faço meu serviço tranquila, as pessoas que me contratam nunca reclamaram”, destacou.

Há três meses na faxina de sepulturas, a filha de Lurdes, Vanilda, já vem conseguindo faturar em média um salário mínimo por mês.