Casal que fez arrastão em motéis de Campo Grande também matou mulher no Coophavila II
O casal foi indiciado por ter assassinado com três tiros na cabeça Jéssica Santos de Almeida, de 23, em uma ciclovia na avenida Nasri Siufi, no bairro Coophavila II, em Campo Grande, no dia 18 de outubro.
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O casal foi indiciado por ter assassinado com três tiros na cabeça Jéssica Santos de Almeida, de 23, em uma ciclovia na avenida Nasri Siufi, no bairro Coophavila II, em Campo Grande, no dia 18 de outubro.
Roberio de Sá Silva de 35 anos, e Tatiane Silva da Silva, 24 foram indiciados por terem assassinado com três tiros na cabeça Jéssica Santos de Almeida, de 23, em uma ciclovia na avenida Nasri Siufi, no bairro Coophavila II, em Campo Grande, no dia 18 de outubro. Eles já estavam presos pelos assaltados a três motéis da Capital neste ano.
Em um dos roubos, uma funcionária levou um disparo de arma de fogo, revólver calibre 32, no pé. O caso de Jéssica foi solucionado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), já que a linha de investigação partiu do princípio da vítima ser mulher, toda tatuada e com características de ser crime passional, violência doméstica.
De acordo com a delegada titular da Deam, Rosely Aparecida Molina, a descoberta surgiu por meio de uma conversa informal com a delegada adjunta, Fernanda Mendes. Ao se lembrarem dos casos recentes, elas acabaram percebendo a coincidência da arma e do apelido “Catraca”, que teria relação nos dois crimes.
“Começamos a desconfiar por causa do apelido e da arma. Fizemos o extravio da munição do pé da funcionária e levamos ao instituto criminalístico. Comparamos com a munição retirada da cabeça de Jéssica e confrontamos os dados”, explicou a delegada.
Apesar de Robério negar a participação na morte, Tatiane confirmou à delegada que ele teria sido o autor. “Sempre andei armado. Assumo meus erros. Ela era minha amiga. Não sei o que aconteceu, é um mistério, quero que a polícia esclareça”, contou Robério. Mas à imprensa, Tatiane preferiu não se declarar.
A delegada Molina explicou que o casal mantinha amizade com Jéssica e que eles teriam ido ao local para fazer uso de pasta base de cocaína. “Com o laudo técnico nas mãos, está materializado. Mesmo não assumindo a autoria, não tem como negar. Temos a confirmação e testemunhas”, explicou.
A motivação do crime seria porque eles estavam “bolados” com Jéssica. “A própria pasta base tem como conseqüência síndrome de perseguição”, contou a delegada. Robério será autuado por homicídio doloso e Tatiane como co-autora. A delegada Fernanda Mendes explicou que neste caso, somam-se as penas na condenação, sendo que roubo varia de 4 a 10 anos e homicídio de 6 a 20.
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