Carros elétricos estão na mira das grandes montadoras
Recentemente, Bob Lutz, vice-presidente da General Motors, considerado um dos gurus do setor automobilístico, rendeu-se ao óbvio e afirmou que “os carros elétricos são considerados os veículos do futuro”. A frase, na verdade, soa datada. Os veículos elétricos já fazem parte do presente e parte do setor já começa a fazer planos de investimentos, inclusive […]
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Recentemente, Bob Lutz, vice-presidente da General Motors, considerado um dos gurus do setor automobilístico, rendeu-se ao óbvio e afirmou que “os carros elétricos são considerados os veículos do futuro”. A frase, na verdade, soa datada.
Os veículos elétricos já fazem parte do presente e parte do setor já começa a fazer planos de investimentos, inclusive no Brasil. Gigantes do segmento, como a Renault-Nissan e a Mitsubishi já mostraram interesse em vender carros totalmente elétricos, que precisam apenas de bateria recarregável.
O setor automotivo, inclusive, faz lobby para tentar convencer o governo brasileiro a estender a redução de impostos também para os “modelos verdes”. A presidente Dilma Rousseff, porém, acha arriscado baixar a carga tributária para um setor que ainda não conta com infraestrutura adequada para crescer – é preciso criar primeiro pontos de recarga em áreas públicas, por exemplo.
Atrativos não faltam ao carro elétrico, principalmente para o bolso do consumidor. Pesquisas mostram que abastecer um carro elétrico para percorrer uma distância entre 160 km e 180 km, custa algo em torno de R$ 10.
O motorista, portanto, gastaria apenas R$ 0,06 por km rodado, um número consideravelmente mais baixo do que os cerca de R$ 0,30 desembolsados por quilômetro para rodar um carro com etanol. Para carregar a bateria de um carro elétrico, que tem autonomia de até 180 km, o consumo fica em torno de 24kWh, o que equivale, segundo os pesquisadores, a deixar um chuveiro elétrico ligado por sete a oito horas.
“É importante também deixar claro que essa recarga de bateria pode ser feita com o carro em movimento. Existe tecnologia para isso”, afirma Vitor Gardiman, gestor executivo de desenvolvimento tecnológico da EDP no Brasil, que acaba de instalar o primeiro eletroposto de recarga rápida de veículos com sistema de billing (cobrança) e ferramentas de planejamento elétrico. Além da economia, existe a questão sustentável.
“A produção em massa de carros elétricos será uma oportunidade única para disseminar o uso de fontes renováveis”, afirma Gardiman. “A visão de um mundo sustentável passa obrigatoriamente pela troca dos carros a combustão pelos elétricos”, reforça o executivo da EDP no Brasil. (Economídia, especial para o Terra)
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