Carregar bolsa desproporcional ao peso da mulher traz problemas de saúde

O ortopedista Bernardino Santi alerta que o ideal é alternar lado da bolsa de uma em uma hora no ombro, para evitar problemas

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O ortopedista Bernardino Santi alerta que o ideal é alternar lado da bolsa de uma em uma hora no ombro, para evitar problemas

Vaidade, luxo, sofisticação, utilidade. Os motivos para se escolher uma bolsa feminina são vários entre as mulheres, mas estão longe do ideal previsto pelos ortopedistas. Para o médico Bernardinho Santi, a solução seria revesar a posição da bolsa, de um ombro a outro, de uma em uma hora.

A estudante Kamila Santana, de 17 anos, usa uma bolsa que vai do ombro até a cintura da calça, quase metade do seu tamanho. “Eu não gosto de usar mochila, então carrego meus livros, maquiagem e dinheiro nesta bolsa. Hoje até que está muito leve, costuma estar com o dobro de material”, diz a estudante que carrega uma bolsa de 3,250 quilos.

Silvana Campos, de 26 anos, carrega uma bolsa de 4,875 quilos apenas para passear pelo Centro da cidade. “Imagina quando eu vou trabalhar, carrego muito mais”. Ela reclama de dores nas costas no fim do dia. “Quando ando pelas lojas percebo no fim do dia o peso e a dor que uma bolsa deste tamanho causa”, disse.

Às compras, Nair de Souza, de 39 anos, foi a mulher encontrada com a bolsa mais leve: 2,200 quilos. “Até eu me surpreendi hoje com o peso dela. Costumam dizer que eu carrego um jacaré nela”, brinca.

O ortopedista Bernardino alerta que carregar bolsas desproporcionais ao peso feminino podem acarretar sérios problemas na coluna, ombros e condições ergonômicas de cada mulher. “É preciso escolher uma bolsa confortável, sem fivelas nem muitos apêndices que machuquem”.

Ele diz que o mais importante é que uma mulher nunca carregue uma bolsa que ultrapasse 10% do próprio peso corporal. “Uma mulher de 60 quilos deve carregar, no máximo, 6 quilos. O ideal é que as pessoas usem mochilas, mas quem disse que as mulheres vão preferir o conforto à vaidade?”, brinca.

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