Capital gera 840 mil m³ de lixo por ano, prefeito encaminha solução até fim de mandato

“Isso não é um problema só nosso. Praticamente todas as grandes cidades e até as médias têm problema com o tratamento adequado para o lixo”, apontou Nelsinho

A coleta anual do lixo de Campo Grande tem um volume de 840 mil m³. Para se ter ideia, isto representa 42 prédios de 20 andares. E o problema só vem crescendo, nos últimos dez anos a geração de resíduos aumentou 55%, informou nesta terça-feira (29) o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) durante o lançamento do Guia Pedagógico de Resíduos Sólidos no Centro de Educação Ambiental “Leonor Reginato Santini” (CEA Polonês).

“Isso não é um problema só nosso. Praticamente todas as grandes cidades e até as médias têm problema com o tratamento adequado para o lixo. Isso é um problema sério”, apontou Nelsinho.

O prefeito disse que até dezembro deste ano, quando termina seu mandato, a questão vai estar encaminhada. “Termino o mandato com tudo encaminhado. É ponto de honra darmos encaminhamento a questão do lixo em Campo Grande”.

Para isso, as ações já estão em andamento. A prefeitura implantou o Fórum Municipal do Lixo e Cidadania – que vai planejar e desenvolver ações como foco na questão. Entre elas, estão: erradicar o trabalho dentro do lixão, não apenas o infantil, mas todo desumano feito ali.

Nelsinho disse que se é preciso trabalhar, vai fornecer equipamentos de proteção individual e colocar os trabalhadores em um ambiente salubre – na usina de processamento do lixo. No local, que vai ser construído de fronte ao lixão vai ser encaminhado o lixo seco da cidade.

Para facilitar ainda mais este processo, Nelsinho disse que a coleta seletiva tem que ser incentivada, principalmente nas escolas. Por isso, o lançamento do Guia Pedagógico de Resíduos Sólidos. “Quando a pessoa aprende não abandona mais. As crianças passam a ensinar os pais”, apontou.

Maior licitação do município

A licitação para gestão de lixo em Campo Grande vai ser a maior licitação que o município vai fazer. A empresa que ganhar a concorrência deve faturar, ao longo de 25 anos, R$ 1,5 bilhão.

Segundo o prefeito, no dia 16 de julho vai ser fechada a licitação. O vencedor terá que coletar o lixo diário que é 240 mil toneladas por ano, operar dois aterros sanitários, construir um novo, operar a usina de processamento do lixo, ser responsável pela limpeza urbana e pela varrição.

Sobre a produção de energia com o lixo, Nelsinho disse que isso seria muito bom, mas é avançar de uma forma mais segura. “Nós não íamos conseguir sair do lixão já gerando energia. Então fizemos um arroz feijão, daquele temperado, caseiro, que não vai deixar de nos orgulhar. A solução mais viável para resolver essas questões”, concluiu.