O projeto de lei que prevê socorristas nas escolas de Dourados, de autoria da vereadora Délia Razuk (PMDB), foi vetado na manhã desta terça-feira na Câmara Municipal.

Durante sessão solene, a penúltima do ano, os parlamentares mantiveram, por oito votos favoráveis e quatro contrários, o veto integral do Executivo ao projeto de lei Nº 149/2012.

O mesmo projeto foi aprovado na Câmara no início do mês passado e encaminhado ao prefeito Murilo para ser sancionado. Como era polêmico e tinha sido criado às pressas, o Executivo fez alterações e reencaminhou para análise dos vereadores, que decidiram vetar.

O projeto de lei considerado emergencial foi criado pela vereadora Délia depois que um bebê morreu engasgado com papinha no Ceim Maria do Rosário, no Parque Alvorada. O incidente aconteceu em outubro deste ano.

A morte da criança fez a vereadora chamar a atenção para a presença de um socorrista nas escolas e Ceims. No entanto, segundo o projeto, esse socorrista seria um servidor de cada entidade de educação que receberia um curso aplicado pelo Samu ou Corpo de Bombeiros.

O Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) se mostrou contrário à forma que o projeto foi criado e alertou, na época, sobre o grau de responsabilidade que o mesmo iria impor ao servidor, que além de suas responsabilidades na escola deveria dar atenção ao socorro médico, atividade considerada complexa para quem não é da área de saúde.