Cachoeira deve ganhar alta de hospital na manhã de sexta-feira

Um boletim do Hospital Neurológico de Goiânia, divulgado nesta quarta-feira, informa que o empresário Carlinhos Cachoeira tem previsão de alta para sexta-feira, às 9h. O bicheiro está internado desde domingo, quando apresentou um “quadro agudo de diarréia e náuseas”. Também foram diagnosticados em Cachoeira sintomas de taquicardia e desidratação. Quem assina o boletim é o […]

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Um boletim do Hospital Neurológico de Goiânia, divulgado nesta quarta-feira, informa que o empresário Carlinhos Cachoeira tem previsão de alta para sexta-feira, às 9h. O bicheiro está internado desde domingo, quando apresentou um “quadro agudo de diarréia e náuseas”. Também foram diagnosticados em Cachoeira sintomas de taquicardia e desidratação.

Quem assina o boletim é o chefe da equipe do hospital neurológico de Goiânia, César Leite. Segundo o informe, o contraventor já está se alimentando normalmente e apresentou melhoras de humor. Para hoje à tarde está prevista uma sessão de fisioterapia, e amanhã ele será submetido a um teste ergométrico.

O boletim ainda informa que um exame de ressonância magnética do crânio e um doppler da carótida não evidenciou alterações. Cachoeira continua sem receber visita e é assistido de perto pela companheira, Andressa Mendonça.

Carlinhos Cachoeira

Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.

Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram diversos contatos entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO), então líder do DEM no Senado. Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais, confirmou amizade com o bicheiro, mas negou conhecimento e envolvimento nos negócios ilegais de Cachoeira. As denúncias levaram o Psol a representar contra Demóstenes no Conselho de Ética e o DEM a abrir processo para expulsar o senador. O goiano se antecipou e pediu desfiliação da legenda.

Com o vazamento de informações do inquérito, as denúncias começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas, o que culminou na abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira. O colegiado ouviu os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, que negaram envolvimento com o grupo do bicheiro. O governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, escapou de ser convocado. Ele é amigo do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, apontada como parte do esquema de Cachoeira e maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos.

Demóstenes passou por processo de cassação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa. Em 11 de julho, o plenário do Senado aprovou, por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções, a perda de mandato do goiano. Ele foi o segundo senador cassado pelo voto dos colegas na história do Senado.

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