Cabos e soldados recusam proposta e prometem 3ª fase de “Tolerância Zero”
Bombeiros e policiais militares estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira (20) na Fetems.
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Bombeiros e policiais militares estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira (20) na Fetems.
Após três horas de assembléia na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul), os cerca de mil policiais militares e bombeiros presentes decidiram não acatar a nova proposta do governador André Puccinelli (PMDB) de reajuste de 10,23% para soldados e 6% para cabos e todas as outras patentes.
O presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), Edimar Soares da Silva, afirma que, caso o Governador não o receba para negociar no final de semana, segunda-feira (23) os militares colocarão em prática a nova fase da Operação “Tolerância Zero”.
“Se não formos ouvidos, vamos entrar na terceira fase da operação, fechando todas as viaturas policiais e ficando parados para exigir melhores condições de trabalho”, declarou.
Os policiais e bombeiros pretendem protocolar o pedido de aumento proporcional vertical, tendo como base R$ 2.500 para soldados a partir do dia 1° de maio na segunda-feira (23), no prédio da Governadoria.
Muitos policiais que estiveram no local disseram que analisaram as contas do Estado e garantem que o aumento não prejudicará a administração pública.
A última proposta do governador foi feita na noite de segunda-feira (16).
O presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa da Silva, disse que todos estão no mesmo barco, no mesmo caminho, e por isso é preciso união. “Até ontem (19), o Estado nunca tinha visto a Polícia Civil se mobilizar tanto. Noventa e cinco por cento das delegacias estavam paradas, mostrando ao Governo do Estado que não temos medo de cara feia. Estamos juntos nessa e em breve estaremos mais próximos ainda”, apontou.
Adelaido Luis Vila, presidente do Conselho Comunitários de Segurança da Região Central de Campo Grande, disse que esteve nesta manhã conversando com aproximadamente mil comerciantes do centro e todos disseram apoiar a polícia, tanto civil como militar.
Segundo ele, o conselho e os comerciantes estão organizando uma grande manifestação para reivindicar melhores condições de trabalho e sobrevivência.
“É essa massa (apontando para a polícia) que faz o trabalho grosseiro da bandidagem. Por isso, merece melhoria nos salários. De soldados a oficiais”, apontou.
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