Vasco e Botafogo fazem um clássico carioca, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira, às 20h30 (de Brasília), no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). A partida colocará frente a frente duas equipes que precisam de um triunfo, mas por objetivos diferentes. O Cruz-maltino, embalado pela vitória de 2 a 0 sobre o Santos, é vice-líder, com 26 pontos, dois a menos que o Atlético-MG, que só entra em campo na quinta-feira, quando recebe o Santos. Desta forma, em caso de triunfo, os vascaínos passam a noite na liderança. Já o Glorioso tenta se reerguer após a derrota de 1 a 0 para o Grêmio e, na oitava posição, com 17 tentos, pretende encostar na zona de classificação para a próxima Copa Libertadores da América.

O momento vivido pelos dois times é refletido no discurso dos jogadores, que mostram os objetivos diferentes quando o assunto é o duelo desta quarta-feira. O atacante Alecsandro, do Vasco, que lidera a corrida pela artilharia com sete gols, sabe que é importante ter sequência.

“Estamos conseguindo jogar com inteligência. Ganhamos os três últimos jogos, mas precisamos seguir firmes em busca de um novo resultado positivo neste clássico. Será um jogo complicado. O Botafogo é um grande time, mas nós precisamos muito da vitória para seguirmos na nossa caminhada”, disse Alecsandro.
Já no Botafogo, os jogadores reconhecem que não podem se abater por terem sido derrotados no festivo jogo da estreia do meia holandês Clarence Seedorf. A meta é derrotar o Vasco e se reerguer no Campeonato Brasileiro.

“Nós temos que deixar de lado a derrota para o Grêmio, por mais negativo que tenha sido o resultado em um jogo tão importante para o nosso clube. Agora a concentração está toda voltada para o clássico contra o Vasco, pois teremos muitas dificuldades. O nosso time tem metas na competição e não há muito tempo para lamentações”, analisou Fábio Ferreira.

Na visão do técnico do Botafogo, Oswaldo de Oliveira, o time precisa começar a se comportar como vencedor dentro do Engenhão, mesmo em um clássico onde o Vasco tem o mando de campo.

“Nós vamos encontrar dificuldades. O Vasco não está à toa nas primeiras colocações, mas temos que começar a nos impor dentro do Engenhão. É preciso jogar com autoridade e não dar chances para os nossos adversários quando atuamos em nosso estádio. Respeitamos muito o nosso adversário, mas apenas a vitória interessa nesta quarta-feira”, afirmou o treinador.

Se o Botafogo pretende se reerguer, o Vasco minimiza o fato de jogar no Engenhão mesmo tendo mando de campo. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) não permite clássicos fora do estado e São Januário, campo vascaíno, não é liberado pelas autoridades.“Temos que esquecer que o jogo é no Engenhão e partir para conquistarmos a vitória. O Botafogo conta com nosso respeito, joga em seu estádio, mas nós queremos a liderança”, disse o zagueiro Dedé.

Em termos de escalação, Oswaldo de Oliveira vai promover uma mudança no Botafogo, com o meia Andrezinho, que foi preservado contra o Grêmio, entrando apenas no segundo tempo, começando o clássico entre os titulares. Assim, Fellype Gabriel fica como opção no banco de reservas.

Pelo lado do Vasco, o meia Felipe, livre de dores no joelho direito, volta a ficar à disposição. Para evitar mexer no meio-de-campo, o técnico vascaíno Cristóvão Borges pode deixar o Maestro no setor ou usá-lo na lateral-esquerda, na vaga de Willian Matheus.

Nas duas vezes que Botafogo e Vasco se enfrentaram neste ano, os botafoguenses levaram a melhor, vencendo nas duas ocasiões por 3 a 1. O último duelo, inclusive, decidiu o campeão da Taça Rio, segundo turno do Estadual.

FICHA TÉCNICA
VASCO X BOTAFOGO

Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 25 de julho de 2012, quarta-feira
Horário: 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Wagner Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Pereira Jóia (Fifa-RJ) e Marco Santos Pessanha (RJ)

VASCO: Fernando Prass; Auremir, Dedé, Douglas e Willian Matheus; Nilton, Wendel, Juninho Pernambucano e Carlos Alberto; Éder Luís e Alecsandro
Técnico: Cristovão Borges

BOTAFOGO: Jéfferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Lucas Zen, Renato, Seedorf, Andrezinho e Vítor Júnior; Elkeson
Técnico: Oswaldo de Oliveira