Brasil vence sob vaias e Mano “elege” Neymar como vilão

intenção da CBF ao trazer a seleção brasileira para a cidade que receberá sua primeira partida na Copa do Mundo em 2014 era iniciar um casamento entre torcida e o time de Mano Menezes. Mas São Paulo nunca foi paciente com a seleção brasileira, principalmente esta, ainda carente de ídolos e conquistas. O desempenho no […]

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intenção da CBF ao trazer a seleção brasileira para a cidade que receberá sua primeira partida na Copa do Mundo em 2014 era iniciar um casamento entre torcida e o time de Mano Menezes. Mas São Paulo nunca foi paciente com a seleção brasileira, principalmente esta, ainda carente de ídolos e conquistas.

O desempenho no amistoso contra a África do Sul não ajudou em nada essa aproximação, mesmo com o resultado por 1 a 0, gol de Hulk no segundo tempo.

Hulk vibra após marcar o gol. Foto: Gazeta Press1/11O compromisso do torcedor com seu clube de coração fala mais alto e proporcionou cenas em que erros de alguns rivais de posição de seus ídolos locais não foram tolerados. Leandro Damião, vestindo a camisa 9 que na última Copa foi de Luís Fabiano, ouviu parte da torcida gritar o nome do atacante são-paulino aos 8 minutos do primeiro tempo.

Neymar foi chamado de pipoqueiro ao longo do jogo e o treinador, aos 44 minutos do segundo tempo, fez uma substituição desnecessária, sacando o atacante para colocar Arouca. O camisa 11 foi muito vaiado.

Mano Menezes também foi escolhido como culpado pelo fiasco.

Antes do jogo foi muito vaiado quando a escalação do time foi anunciada. Durante a partida, sentada no banco em quase todo o tempo, ouviu o coro de burro. Só o gol de Hulk, que entrou no lugar de Leandro Damião, amenizou o clima hostil criado pela torcida no Morumbi.
Na segunda-feira a seleção enfrenta a China em Recife. A torcida do Nordeste normalmente é mais tolerante com a seleção brasileira. Depende da seleção agora jogar melhor para tornar menos angustiante a tarefa do torcedor.
O jogo

A nova formação proposta por Mano Menezes com Lucas, Neymar e Oscar formando um trio de suporte ao centroavante Leandro Damião não surtiu efeito. E o Brasil criou pouco, muito pouco com o quarteto que para Mano Menezes é o melhor que o país oferece. 

A África do Sul, rival posicionado apenas na 74ª posição no ranking da Fifa, está longe de ser uma potência, mas foi quem criou a primeira chance do jogo.

O lateral-direito Gaxa saiu na cara de Diego Alves aos 11 minutos e o camisa 1 trabalhou bem. Num rasteiro no canto o goleiro segurou firme. 

O Brasil demorou para aparecer com perigo no ataque e só aos 16 minutos ofereceu perigo. Neymar levantou na área e Dedé obrigou o goleiro sul-africano a fazer sua primeira defesa no jogo.

A pouca presença no ataque do time brasileiro esgotou a paciência da torcida aos 21 minutos, quando as primeiras vaias foram ouvidas. 

Apenas as primeiras na jornada. Aos 33, Rômulo chutou da entrada da área e criou a segunda boa chance do Brasil. Khune espalmou o chute. O Brasil só teve uma real chance aos 43 do primeiro tempo, quando Daniel Alves levantou bola na área e Neymar chutou em cima do goleiro sul-africano. O atacante santista começou ali a ouvir o coro de “pipoqueiro”. 
O primeiro tempo terminou com a torcida brasileira gritando olé para as trocas de passe da seleção sul-africana. Na volta do intervalo, sem alterações, o Brasil foi presa da África do Sul por 10 minutos. O time visitante por pouco não abriu o placar. Àquela altura a torcida já não segurava seu desconforto.
Mano Menezes então decidiu mudar o time e mudou peças no quarteto que se desenhava como a esperança brasileira. Saíram Leandro Damião e Lucas. Com Hulk e Jonas o Brasil melhorou. Paulinho também entrou. E aos 29 minutos, numa jogada de David Luiz, Hulk soltou a bomba com perna esquerda que aliviou a tensão.
Mano Menezes ainda escolheu Neymar para ser o vilão da jornada nada feliz da seleção brasileira. Sacou o principal jogador do time aos 44 minutos do 2º tempo para dar a primeira chance a Arouca. E o santista foi muito vaiado pela torcida.
Não foi nada boa a experiência da seleção brasileira na cidade em que fará sua estreia na Copa do Mundo em menos de dois anos.

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