Bovespa fecha no menor nível em 7 meses, e dólar recua a R$ 2,039

O pessimismo nos mercados externos levou a Bovespa a fechar no vermelho nesta quarta-feira (23), acompanhando as Bolsas em Wall Street, em outro dia de aversão a risco em meio a temores dos efeitos da possível saída da Grécia da zona do euro. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, registrou queda de […]

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O pessimismo nos mercados externos levou a Bovespa a fechar no vermelho nesta quarta-feira (23), acompanhando as Bolsas em Wall Street, em outro dia de aversão a risco em meio a temores dos efeitos da possível saída da Grécia da zona do euro.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, registrou queda de 0,76%, aos 54.619,48 pontos. É a menor pontuação de fechamento desde 20 de outubro (54.009,98 pontos). Na mínima ao longo do dia, o índice chegou a cair 3,65%. O giro financeiro da sessão foi de R$ 8,57 bilhões.

Em maio, a Bolsa brasileira acumula perdas de 11,65%, que já seria o pior desempenho mensal desde outubro de 2008, ápice da crise mundial, quando o Ibovespa perdeu 24,8%.

Já o dólar comercial fechou a sessão desta quarta em queda de quase 2% ante o real, ampliando as perdas próximo ao fechamento.

Segundo operadores, o movimento de baixa do dólar foi puxado pela atuação mais forte do Banco Central. O BC ofertou uma quantidade maior de contratos de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. 

A cotação do dólar comercial fechou o dia com queda de 1,99%, a R$ 2,039. Trata-se da primeira baixa desde o dia 10 de maio, quando a moeda recuou 0,53%. 

Pela manhã, o dólar comercial chegou a subir mais de 1%, chegando ao patamar de R$ 2,10, com o cenário externo pior. Na véspera, o BC fez dois leilões de swap tradicional, mas mesmo assim a moeda havia fechado em alta de mais de 1%. Em maio, a moeda norte-americana acumula alta de 6,93%e no ano, de 9,13%.

Petrobras em queda; Vale e OGX em alta

Petrobras pesou no Ibovespa, com a ação preferencial (PETR4) recuando 2,44%, a R$ 19,23. A queda do Ibovespa só não foi maior graças a ação da petroleira de Eike Batista, a OGX (OGXP3), que avançou 2,95%, a R$ 11,51, e a preferencial da Vale (VALE5), que subiu 1,02%, a R$ 36,80.

Banco do Brasil (BBAS3) recuou 4,2%, a R$ 20,51, sendo a segunda principal contribuição para a queda do Ibovespa.

Já as maiores baixas do índice foram a ordinária da Oi (OIBR3), com queda de 5,46%, a R$ 9,69, e Pão de Açúcar (PCAR4), que recuou 5,22%, a R$ 78.

Em sentido oposto, apareceram Vanguarda Agro (VAGR3), com alta de 5,56%, a R$ 0,38, seguida por PDG Realty (PDGR3), que subiu 3,37%, a R$ 3,07.

Bolsas internacionais

Os principais índices acionários da Europa fecharam em queda, encerrando um rali de dois pregões de recuperação, com temores de que a cúpula entre líderes da União Europeia (UE) falharia em chegar a um acordo sobre as medidas de combate à crise na região e prevenir contágios caso a Grécia deixe a zona do euro.

Em Londres, o índice Financial Times caiu 2,53%, a 5.266 pontos.

A aversão a risco também provocou um forte recuo nos mercados asiáticos, à medida que diminuíram as esperanças por novas medidas para enfrentar a crise da dívida da zona do euro e a precaução aumentou antes de uma reunião de líderes europeus, com novos temores de que a Grécia deixe a moeda única.

O índice Nikkei, do Japão, teve desvalorização de 1,7%.

Com informações de Reuters.

 

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