Bovespa cai pressionada por OGX e dólar encerra sequência de seis altas

A Bovespa fechou em baixa nesta quinta-feira (28), pressionada pelo novo tombo da OGX (OGXP3), de Eike Batista, e pelo clima de aversão ao risco nos mercados externos. Investidores mostravam ceticismo com a cúpula da União Europeia e preocupação com a situação dos bancos globais, segundo operadores. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, recuou […]

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A Bovespa fechou em baixa nesta quinta-feira (28), pressionada pelo novo tombo da OGX (OGXP3), de Eike Batista, e pelo clima de aversão ao risco nos mercados externos. Investidores mostravam ceticismo com a cúpula da União Europeia e preocupação com a situação dos bancos globais, segundo operadores.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, recuou 0,86%, aos 52.652,25 pontos, menor nível em três semanas. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,8 bilhões. Veja ainda no UOL a cotação das ações e fechamentos anteriores da Bolsa.

O dólar comercial teve uma ligeira queda, encerrando uma sequência de seis altas seguidas, após o Banco Central alterar medida que envolve o pagamento antecipado de exportações e do anúncio de um novo leilão de swap cambial tradicional, que será feito amanhã.

A cotação do dólar comercial teve desvalorização de 0,07%, a R$ 2,076 na venda. Em junho, a moeda norte-americana acumula alta de 2,91% e no ano, de 11,12%.

Empresas de Eike Batista lideram perdas do Ibovespa

Na Bolsa paulista, as empresas do grupo ‘X’, do bilionário Eike Batista, mais uma vez lideraram as perdas do índice, com OGX (OGXP3.SA) desabando 19,2%, a R$ 5,05, seguida por MMX (MMXM3.SA), que caiu 17,0%, a R$ 5, e por LLX (LLXL3.SA), com queda de 8,07%, a R$ 2,05.

Nos dois últimos pregões, a ação da OGX derreteu quase 40%, após a empresa de petróleo e gás divulgar, na noite de terça-feira, dados de produção muito abaixo do esperado pelo mercado, levando analistas a questionar as bases do programa de crescimento das empresas do grupo.

“O mercado se decepcionou (com OGX) e tem investidor grande que não quer mais ficar na empresa de jeito nenhum, o que leva a ainda mais ajustes no papel. Mas a ação deve encontrar um patamar mínimo de acomodação”, afirmou Paixão.

Ainda entre as blue chips, a preferencial da Vale (VALE5.SA) fechou em queda de 1,31%, a R$ 38,33. Já a da Petrobras (PETR4.SA) teve alta de 0,34%, a R$ 17,70.

Dentre as principais altas do índice, Lojas Americanas (LAME4.SA) subiu 2,55%, a R$ 12,45. Cemig (CMIG4.SA) ganhou 2,42%, a R$ 37,73.

Fora do índice, Suzano (SUZB5.SA) caiu 6,14%, a R$ 3,82, após a precifição da oferta pública de ações na véspera, a R$ 4 cada papel.

Cenário externo

“As expectativas em relação ao que pode ser decidido na cúpula da União Europeia estão se desfazendo. Para piorar, internamente também temos eventos negativos, como OGX, e estimativas de piores resultados corporativos neste trimestre”, disse o sócio da Principal Capital Management, Marcello Paixão.

Os líderes da zona do euro começaram nesta quinta-feira um encontro de dois dias para discutir maior união fiscal, financeira e política no bloco. Mas o mercado já se preparava para mais uma reunião sem grandes avanços no combate à crise da dívida.

Investidores também mostravam cautela com a situação dos bancos globais, segundo operadores, repercutindo a notícia do New York Times de que as perdas do JPMorgan com derivativos de crédito poderiam chegar a US$ 9 bilhões, muito mais do que o estimado inicialmente.

Bolsas internacionais


As ações europeias fecharam em queda, lideradas por papéis do setor bancário, com investidores preparados para desapontamentos com os resultados da cúpula de líderes da União Europeia (UE) no combate à crise da dívida, mas sem esperar uma maior liquidação nos mercados.

As Bolsas de Valores asiáticas subiram diante de encorajadores dados norte-americanos, porém os ganhos foram limitados com a tensão dos investidores antes da cúpula da UE.

Na quarta-feira, as ações europeias recuperaram-se e os índices de Wall Street registraram seus maiores ganhos em uma semana após dados melhores que o esperados na demanda por bens duráveis nos EUA em maio, um medidor do aumento dos gastos de negócios planejados e aumento de vendas de casas pendentes em maio. (Com informações de Reuters e Valor)

 

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