Bovespa cai 3% puxada por Petrobras, em dia de falha técnica; dólar fica quase estável

A Bovespa fechou no vermelho nesta segunda-feira (25), pressionada pelo tombo das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4). Também pesou sobre a Bolsa brasileira o clima de aversão ao risco no exterior. Investidores mostraram ceticismo diante da cúpula de líderes da União Europeia nos dias 28 e 29 de junho, quando serão discutidas medidas contra […]

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A Bovespa fechou no vermelho nesta segunda-feira (25), pressionada pelo tombo das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4). Também pesou sobre a Bolsa brasileira o clima de aversão ao risco no exterior. Investidores mostraram ceticismo diante da cúpula de líderes da União Europeia nos dias 28 e 29 de junho, quando serão discutidas medidas contra a crise da região.

Além disso, o pregão apresentou uma falha técnica durante a tarde. Problemas em um dos componentes da divulgação prejudicaram a divulgação das cotações no segmento Bovespa nesta tarde, problema que afetou também a divulgação de dados nas páginas do UOL Economia.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, fechou em queda de 2,95%, aos 53.805,38 pontos. Veja ainda no UOL a cotação das ações e fechamentos anteriores da Bolsa.

O destaque negativo do pregão foi a Petrobras. A ação preferencial (PETR4) da empresa fechou com perdas de 8,95%, a R$ 17,80. Essa é a menor cotação de fechamento em oito meses. Já a ação ordinária da estatal (PETR3) caiu 8,33%, a R$ 18,48.

O mercado mostra decepção com o reajuste dos preços de gasolina e diesel, anunciado na noite de sexta, e acompanha o detalhamento do novo plano de negócios da estatal para o período de 2012 a 2016.

O dólar comercial ficou praticamente estável, com investidores divididos entre as incertezas do cenário externo e a possibilidade de atuação do banco central no câmbio.

A cotação do dólar comercial operou em alta durante todo o pregão, mas reduziu os ganhos próximo ao final dos negócios e fechou com leve alta de 0,06%, a R$ 2,066 na venda. Em junho, a moeda norte-americana acumula valorização de 2,40% ante o real. No ano, a alta é de 10,57%.

Segundo operadores, os investidores seguem cautelosos e sem fazer grandes apostas em meio aos temores de que a cúpula da União Europeia, que ocorre esta semana, não traga medidas efetivas para combater a crise na região.

Mercado frustrado com Petrobras

“O reajuste frustrou o mercado, que definitivamente esperava um aumento maior que o anunciado”, afirmou um operador de uma corretora paulista. “Somado a isso, o plano de negócios que decepcionou, o preço do petróleo em queda no mercado internacional, tudo contribuindo para o movimento de venda do papel.

Na sexta-feira, a Petrobras anunciou reajuste de 7,83% nos preços da gasolina e de 3,94% no diesel a partir de 25 de junho nas refinarias. Em seguida, o governo zerou tributos sobre os combustíveis, para evitar que o aumento chegue às distribuidoras e aos consumidores.

Nesta manhã, a estatal detalhou o plano de negócios para o período de 2012-2016. A Petrobras prevê redução de 1 milhão de barris diários de petróleo na nova curva de produção, disse nesta segunda-feira a presidente da empresa, Maria das Graças Foster. Anteriormente, era projetada queda de 700 mil barris diários.

Bolsas internacionais

O principal índice de ações do continente europeu registrou sua maior queda diária em mais de três semanas, refletindo desempenho de papéis do setor bancário e com preocupações de que a cúpula da União Europeia (UE) desta semana não consiga lidar com a crise da dívida da região.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 1,55%, aos 986 pontos. É o maior recuo diário desde 1º de junho, quando perdeu 1,90%.

Em LONDRES, o índice Financial Times caiu 1,14%, a 5.450 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX perdeu 2,09%, para 6.132 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 recuou 2,24%, a 3.021 pontos.

As Bolsas de Valores asiáticas caíram e o dólar, considerado um investimento seguro, subiu diante das preocupações com o crescimento global e a intratável crise de dívida da Europa, que continuou a abater a confiança do investidores.

O índice Nikkei, de Tóquio, recuou 0,6%.

Setores sensíveis ao crescimento foram os mais atingidos nos mercados asiáticos com exceção do Japão, com os subíndices de tecnologia e materiais do índice MSCI caindo mais de 1%, enquanto apenas ações defensivas de telecomunicações e utilidades subiram. (Com informações de Reuters e Valor)

 

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