Bombardeios em Deraa e Homs provocam dezenas de mortes na Síria

As forças do regime sírio realizaram neste sábado uma ofensiva na cidade meridional de Deraa e na província central de Homs, onde os bombardeios provocaram dezenas de vítimas mortais, segundo os grupos opositores. Os ataques mais sangrentos foram registrados em Deraa, ponto de início da revolta contra o presidente sírio, Bashar al Assad, em março […]

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As forças do regime sírio realizaram neste sábado uma ofensiva na cidade meridional de Deraa e na província central de Homs, onde os bombardeios provocaram dezenas de vítimas mortais, segundo os grupos opositores.

Os ataques mais sangrentos foram registrados em Deraa, ponto de início da revolta contra o presidente sírio, Bashar al Assad, em março de 2011. O local foi bombardeado desde meia-noite, sem descanso.

Segundo um comunicado do Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 17 civis perderam a vida, nove deles mulheres e três crianças, enquanto os Comitês de Coordenação Local (CCL) aumentaram esse número para 25. Entre os mortos em Deraa, estavam vários membros de duas famílias, cujos corpos foram achados sob os escombros de suas casas.

As forças de segurança detiveram alguns feridos e vários médicos, enquanto a situação é crítica devido ao pouco material de primeiros socorros Enquanto isso, em Homs, um dos principais redutos opositores, o número de vítimas varia entre sete e 16 mortos, segundo as fontes. Os bairros com o maior número de vítimas, Al-Khalediya, Al Jobeir e Al Qusur foram os mais atingidos pelos bombardeios das tropas governamentais.

Em Al Jobeir, as tropas cercaram um hospital Al Kendi para impedir a entrada de feridos, enquanto reforços militares se desdobraram em Al-Khalediya com intenção de invadir.

Também foram atacados com artilharia pesada nas localidades próximas de Al Qusair, Al Rastan e Telbiseh, onde até os campos de agricultura foram atingidos.

Enquanto isso, a Comissão Geral da Revolução Síria divulgou um documento dos habitantes de Homs, no qual pedem à comunidade internacional uma intervenção imediata e rápida para impedir novos massacres.

Os ativistas do grupo chamaram várias vezes os observadores da ONU presentes na Síria para que interviessem, mas eles disseram que não podiam agir devido aos bombardeios.

Na última sexta-feira, os “boinas azuis” visitaram a zona de Al Qubeir, cenário de um massacre que acabou com várias dezenas de vítimas na quarta-feira, e encontraram a população vazia e as casas danificadas com impactos de armas de grande calibre.

A violência se intensificou na Síria desde o massacre de Houla, perpetrada em 25 de maio, que levou os rebeldes no interior do país a romper seu compromisso com o cessar-fogo, que entrou em vigor em 12 de abril, apesar de ter sido violado diariamente.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou na última sexta que o número de pessoas que necessitam ajuda humanitária na Síria aumentou para 1,5 milhão e qualificou a situação como “muito tensa” devido aos combates entre Exército e rebeldes.

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