A Bolívia realizará, na quarta-feira, o primeiro censo nacional de população em 11 anos, que será desenvolvido em meio a focos de tensão isolados e de proibições para circular, viajar dentro do país e com a vigência de uma lei seca.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) mobilizará 217 mil pesquisadores e contará com o apoio de 36 mil policiais e, além disso, contará também com as Forças Armadas.

Na meia noite de terça-feira entra em vigor a proibição por 24 horas de todas as atividades públicas e privadas, de circular nas ruas e fazer viagens dentro do país, além da lei seca.

Está vetado também o funcionamento de qualquer comércio e a circulação de vendedores ambulantes.

Porém, os voos internacionais estão permitidos, assim como a circulação de autoridades, embaixadores estrangeiros, médicos e jornalistas.

O censo buscará informações sobre o crescimento demográfico, o nível de educação, a saúde, o emprego, a migração interna e externa e a população indígena e camponesa.

No censo de 2001, 62% da população declarou identidade indígena, um dado demográfico que foi relevante para a eleição de Evo Morales, em 2006, como presidente.

Na última apuração geral, ocorrida 11 anos atrás, foram registradps 8,3 milhões de habitantes. Este é o segundo censo da Bolívia neste século e o sexto desde o de 1900.