Blocos das Pastorinhas e dos Marinheiros abrem inscrições para folia 2012

Os interessados em participar do Carnaval Cultural de Corumbá em 2012 já podem se inscrever na sede da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal de Corumbá. As inscrições para os blocos das Pastorinhas e dos Marinheiros foram abertas na quinta-feira, 12 de janeiro, e seguem até próximo dia 15 de fevereiro.

Quanto ao bloco dos Palhaços, as inscrições devem ser abertas dia 1º de fevereiro, como adiantou ao Diário, Bianca Machado, atriz e produtora cultural. Ela lembra que, como as fantasias são alugadas, elas precisam ser devolvidas aos organizadores, o que, em grande maioria, não aconteceu ano passado. Assim, ela lembra aos foliões que ainda não tiveram a chance de devolver as roupas, que o ILA está recebendo as devoluções. Somente em 2011, mais de 200 novas fantasias foram confeccionadas e a estimativa foi de que o bloco desceu com mais de 300 foliões.

Esta será a nova edição do Carnaval Cultural que reúne nostalgia, glamour, cores, criatividade, e muita animação. Somado aos blocos culturais, na terça-feira de Carnaval, passa pela avenida o corso com seu desfile de carros antigos, muito confete e serpentina, além dos cordões carnavalescos Cinelândia, Flor de Corumbá, Cravo Vermelho e Paraíso dos Foliões.

As origens

As Pastorinhas ou Tenoras, como também costumavam ser chamadas, eram jovens da sociedade corumbaense que brincavam o carnaval com trajes de luxo e traziam como acessórios chapéu e leque. As Pastoras eram personagens centrais dos antigos ranchos e cordões que, segundo a tradição, eram detentoras de segredos passados pelos mestres músicos ao longo dos desfiles carnavalescos de Corumbá. Após terem desaparecido da folia popular em Corumbá, elas retornaram no ano de 2006 quando 25 mulheres vieram para a avenida General Rondon revivendo os antigos carnavais.

O Bloco dos Marinheiros está presente no carnaval cultural de Corumbá para não deixar que se perca a referência histórica daqueles que introduziram os festejos da folia popular na cidade. Foram os militares da Marinha, predominantemente cariocas, na primeira metade do século passado, que organizaram os primeiros ajuntamentos, nos quais marchinhas e frevos imperavam nos blocos e cordões.