Recém nascido deu entrada no hospital de Laguna, foi removido para o HU e morreu após internação

A Polícia Civil de Dourados investiga a morte de um bebê de seis dias que morreu na madrugada de hoje (27), após dar entrada no setor pediátrico do Hospital da Vida. A queixa foi registrada pelo pai da criança, Jailton Alves Mota, de 38 anos, morador em uma fazenda localizada entre Caarapó e Laguna Carapã.

De acordo com o Boletim de Ocorrência de número 3092/2012, da Polícia Civil de Dourados, por volta de 1h de hoje, a criança foi levada para o hospital de Laguna porque chorava muito.

A princípio, os pais pensavam que o bebê estava com cólica, mas como não parava de chorar foi encaminhado à unidade de saúde daquela cidade. A médica orientou a remover o paciente para hospital de Dourados.

A criança deu entrada no Hospital da Vida e, quando já estava no leito, sofreu duas paradas cardiorespiratórias e morreu, por volta das 3h30 desta sexta-feira.

Os pais foram orientados a registrar boletim de ocorrência. A Polícia Civil vai começar hoje, ouvir as pessoas envolvidas.

Retrospectiva

Em abril deste ano, um bebê morreu minutos depois de nascer na maternidade pública do Hospital Universitário de Dourados. A queixa foi registrada pelo pai do recém nascido.

O delegado da Polícia Federal José Antônio Simões de Oliveira Franco, abriu investigação e passou a analisar receituários, exames e prontuários. Segundo o delegado, já foram oficializados o Hospital Universitário e a Unidade Básica de Saúde do bairro João Paulo II, a fim de levantar informações sobre o caso. A próxima etapa poderá ser a exumação do corpo do bebê.

O Ministério Público Federal determinou à Secretaria Estadual de Saúde auditoria no Setor de Maternidade e Obstetrícia do hospital.

Ao todo a procuradoria instaurou dois inquéritos civis. Um para investigar a morte do bebê e outro devido a sequelas cardíacas em outro recém nascido, provocadas por suposta demora na realização de partos no Hospital Universitário.

Outro Lado

A assessoria de comunicação do HU remeteu nota sobre o caso. Veja:

“Com relação ao caso da paciente Gislaine Nunes Ardigo, a direção-geral do HU/UFGD informa que todo óbito neonatal é investigado por um comissão interna de ética médica, que já está avaliando este óbito. A direção clínica informa ainda que já iniciou uma investigação mais aprofundada do caso, com avaliação dos prontuários médicos e obtendo informações junto à equipe. A estimativa é que um laudo oficial sobre o caso seja emitido no prazo entre 15 e 30 dias. A diretoria informa que, assim que a investigação estiver concluída, tomará todas as medidas cabíveis”.