Bancos preveem crescimento moderado e inflação acima do centro da meta este ano

Os bancos esperam um crescimento moderado da economia este ano e inflação acima do centro da meta estabelecida pelo governo. É o que apontou uma pesquisa divulgada hoje (21) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os 31 analistas de instituições financeiras ouvidos pela entidade projetaram, na média, uma expansão de 3,3% do Produto Interno Bruto […]

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Os bancos esperam um crescimento moderado da economia este ano e inflação acima do centro da meta estabelecida pelo governo. É o que apontou uma pesquisa divulgada hoje (21) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Os 31 analistas de instituições financeiras ouvidos pela entidade projetaram, na média, uma expansão de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, com inflação fechando o ano em 5,3%. A meta de inflação do Banco Central para 2012 e 2013 é 4,5%, com tolerância de variação de dois pontos percentuais.

“O que a gente observa é uma certa estabilização em torno desse número [3,3%], que aponta para um crescimento moderado da atividade econômica em relação ao ano passado”, resumiu o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, sobre as previsões.

Para 2013, a expectativa dos bancos aponta para uma atividade econômica mais forte, com crescimento do PIB de 4,2% e inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegando a 5,5%.

Segundo Sardenberg, as estimativas estão ligadas à conjuntura internacional, com a superação gradual da crise que afetou os países mais ricos. “Ainda estamos falando de números muito fracos de crescimento na Europa e uma recuperação apenas moderada nos Estados Unidos. E essas últimas notícias em torno da China, apontando para um crescimento menor”, destacou.

 Em relação ao mercado de crédito, a estimativa é crescimento de 16,6%. A expansão mais forte deve se concentrar nos empréstimos com recursos direcionados (17,9%). Na avaliação de Sardenberg, parece haver um estabilização das expectativas nesse patamar, que indica cautela tanto dos bancos como dos tomadores de crédito.

“É um crescimento em relação ao ano passado, uma expansão das operações, mas não é uma trajetória de crescimento explosivo”, ponderou. A previsão das instituições financeiras é que a taxa básica de juros (Selic) chegue ao fim de 2012 em 9% ao ano, com o dólar cotado em R$ 1,76. Para Sardenberg, a estimativa dos juros já leva em consideração a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

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