Bancos abrem 23 mil vagas no Brasil, mas salários caem 40%

Os bancos abriram 23.599 postos de trabalho em 2011 no Brasil, mas os novos contratados receberam salários 40,87% inferiores, em média, ao dos trabalhadores desligados das instituições, afirmou uma pesquisa realizada em parceria pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômica…

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Os bancos abriram 23.599 postos de trabalho em 2011 no Brasil, mas os novos contratados receberam salários 40,87% inferiores, em média, ao dos trabalhadores desligados das instituições, afirmou uma pesquisa realizada em parceria pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese).

Para a Contraf-CUT, os números são prova da estratégia de reduzir a folha de pagamento por meio da rotatividade, já que nos outros setores o percentual é de 7,1%. De acordo com a pesquisa, a remuneração média dos novos bancários foi de R$ 2.430,57, e a dos desligados de R$ 4.110,26. “Isso demonstra o acirramento da estratégia espúria dos bancos de utilizar a rotatividade para reduzir a despesa de pessoal”, afirmou em nota Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Os novos postos de trabalho gerados em 2011 representam um crescimento de 4,88% no emprego bancário. O banco Bradesco liderou a geração de novas vagas no País, com 9.436 empregos. Dentre as cinco maiores intituições bancárias, o Itaú Unibanco foi o único a reduzir sua força de trabalho no período, afirmou a pesquisa.

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