Na Comissão de Agricultura da Câmara, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) criticou comunicado conjunto do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e do Ministério da Agricultura que proíbe a pulverização aérea de certos agrotóxicos em propriedades rurais. Segundo ele, a determinação trará prejuízos superiores a R$ 20 bilhões na safra de 2012 para 2013.

Atualmente, de acordo com o parlamentar, aproximadamente 27% do controle de percevejos da área de soja do Brasil é a base da aplicação aérea e não seria possível substituir de imediato pela modalidade terrestre. Dessa forma, Reinaldo prevê perdas de até 4,2 milhões de toneladas na safra 2012/13.

“Isso é um desrespeito com o produtor e eu me pergunto, como vamos fazer essa substituição no plantio do arroz irrigado?”, indagou, alertando que os prejuízos podem ser ainda maiores, já que a partir de agora, os produtores podem ser notificados e multados.

O tucano ainda classificou como arbitrária a revogação do uso das substâncias por não existirem estudos no Brasil que comprovem ou justifiquem o risco iminente a flora, fauna ou a seres humanos, como foi alegado pelo governo ao adotar a medida.

Reinaldo acredita que a discussão deve ser mais ampla e espera que o IBAMA e o Ministério da Agricultura repensem o comunicado, com urgência. Segundo ele, a proibição atinge os princípios ativos: Imidacloprido, Tiametoxam, Clorianidina ou Fipronil, necessários ao controle parasitário do percevejo nas culturas de soja, algodão, arroz e trigo.

(Com assessoria)